Boris o caçador...

Entrevista de ontem(11/10) no programa da Band(espaço aberto) com o oligarca Sarney. Fernando Mitre e Boris não conseguiram tirar as respostas. Apresentando tranqüilidade e ao mesmo tempo objetivo ao desviar as perguntas e prolongar-se em suas respostas, Sarney, sempre evidenciando sua passagem pela presidência da Republica e outras duas pela presidência do Senado, com suas longas estórias procurava não ser interrompido quando falava, típico do grande orador e intimidador. Com sua voz singela e bem conhecida, tom que tortura qualquer ouvinte, o subconsciente se familiariza e ao mesmo tempo deserda a lembrança dos planos fracassados em seu erário de presidente. Boris com sua arte ao jornalismo crítico esboçava reação, mas entre uma e outra pergunta era travado pela tática do entrevistado e apenas ouvia as pisadas da sua presa. Mitre, responsável pela direção de jornalismo da Band, tentava perguntar o obvio dos interesses dos mais sensatos e críticos, mais era barrado pela diplomacia do cargo e o respeito com a presença do ex-aliado do regime que virara democrata.
A reposta ao legado e a censura, foi tomada pela formação superior em jornalismo. As falhas seguidas de contradições das respostas não foram percebidas pelos jornalistas, que não sabiam que ao longo do tempo, necessitaria ter especialidade em debates com moldes investigatórios, para poder cassar a mais astuta presa. Lideres de palavra, lideres de graça, de palavras convincentes, usadas para provar a verdade, da mãe que não julga o filho, dos ministros e juizes indicados por papai, Perderam a oportunidades de encurralar a presa.
O tempo passava e os caçadores foram caçados. As respostas foram desviadas, a oportunidade transformou-se em culpa... Ficou com o "advogado do meu filho", são de maior, sabem o que fazem! Me faz lembrar as respostas do presidente de neverland, " Eu não ví, eu não sei quem foi!"(O presidente pecuarista).
Ao final, as perguntas não foram respondidas e a entrevista foi uma ótima aula, para palestrantes, políticos e doutores. Não é necessário fugir dos ataques, mas enfrenta-los sem pressão e manipular com a sabedoria de um articulador, rapidez de uma presa, e a astúcia do ex-presidente que foi eleito pelo exercito como um homem democrático, amigo de todos e defensor dos direitos... dos políticos, da sobrinha, do neto, do filho, da filha, do ministro, do juiz...