Situada no sertão central cearense, Senador Pompeu ficou administrativamente acéfala durante quatro dias, até o presidente da Câmara de Vereadores assumir a prefeitura, na quinta-feira. Com 26.000 habitantes, ali sequer foram tomados cuidados mínimos para encobrir as irregularidades.
O esquema era simples. Empresas contratadas em licitações fraudulentas retiam uma "comissão", entre 4% e 5%, sobre o valor das notas fiscais emitidas por serviços de pavimentação, calçamento e construção de açudes que eram executados por funcionários da secretaria municipal de obras.
Cerca de 2,6 milhões de reais foram gastos no município. As empresas suspeitas de participar da fraude têm em comum a figura de Raimundo Morais Filho. Detido em Fortaleza, ele é o dono das empreiteiras Daruma, Falcon, Prátika, Master, Êxito e outras doze que operaram no Ceará desde o final de 2003. "Essas empresas tinham engenheiros, contadores e advogados, mas atuavam sem máquinas ou trabalhadores".
Segundo investigações da PF, as mesmas empresas têm ligações com prefeituras do Maranhão.
Fonte:LiliCarabina/Veja
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