A articulação política, junto ao Governo Federal, para liberar
recursos para a Saúde de São Luis, do recém-eleito prefeito Edivaldo Holanda
Júnior, demonstra, com todas as letras, que o presidente da EMBRATUR,
Flávio Dino, principal mentor, esqueceu Imperatriz e a Região Tocantina.
Ambulância de Carolina na porta do HM em Imperatriz |
É de conhecimento de todos que a cidade de Imperatriz, além de
ser referência para atendimento de saúde em alta e média complexidade, assumiu,
ao longo dos anos, a orfandade do serviço de saúde das populações de todos os
municípios num raio de 300 quilômetros, alcançando, inclusive os Estados do
Tocantins e Pará.
As procissões de doentes e acidentados que outrora seguiam rumo
a Teresinha (PI) e Araguaína (TO), há muito marcham para Imperatriz na busca de
atendimento e socorro médico-hospitalar. Resultado, o Socorrão Municipal e o
Hospital Infantil encontram-se literalmente abarrotados por estes pacientes.
Mesmo diante desse fato, que coloca a saúde de Imperatriz na
principal rota de acesso de centenas de milhares de brasileiros, os recursos do
Governo Federal para a cidade são, deverasmente, mesquinhos e impróprios ao
tamanho da demanda, impondo a Prefeitura um enorme sacrifício, que sangra o
Município e maltrata seu próprio povo, ainda que, o dinheiro do Ministério da
Saúde mais os 15% das receitas próprias municipal são, inquestionavelmente,
insuficientes.
Agora mesmo os jornais divulgam que não há mais espaço físico
nos hospitais municipal adulto e infantil de Imperatriz e que já há, também,
congestionamento de ambulâncias nas ruas que circundam e dão acesso ao
Socorrão.
Enquanto isso o Flávio Dino viabiliza 20 milhões de reais para
assistir, apenas, os maranhenses que se assentam depois do Estreito dos
Mosquitos, desprezando a Saúde Pública ostentada a ferro e a fogo pelo
Município de Imperatriz.
Falta de sensibilidade humana e a arrogância política de sobra
certamente podem explicar o comportamento de Flávio Dino para favorecer a
Capital, São Luis do Maranhão, que, convenhamos, na área da saúde, não assume,
contextualmente falando, a importância de Imperatriz.
É o velho bairrismo dos chamados “políticos da Ilha”. Para a
Capital, tudo, para o interior, nada ou apenas sobras e migalhas.
Com a palavra o ilustre senhor Flávio Dino.
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