Era de se esperar que o movimento grevista dos professores,
deflagrado no mês passado, fosse perdendo força a medida que as ações do
executivo se limitem a discutir as questões fundamentais e não os fins para
justificar os meios. Claro que, ainda se espera que os bons salários de fato se
transformem em uma educação cada vez mais eficiente ou de qualidade, mas que não depende
exclusivamente da gestão municipal, visto que, a mão forte do governo federal
ainda não tem interesse em, definitivamente, aceitar que o ensino do país é de
péssima qualidade.
Não por culpa dos professores, mas de todo o sistema, desde
a própria remuneração até a forma no qual se exclui o ensino básico como o proposito principal de todos os demais ensinos; analfabetos funcionais é a maior matéria prima do ensino publico do nosso país. Trocando em miúdos, o problema ainda é nacional e não
local, a discussão, portanto, é ainda maior.
A sessão da câmara municipal ocorrida hoje foi mais uma
batalha desta que, mesmo enfraquecida, ainda milita o interesse tempestivo e
pessoal da direção do sindicato. Quem não os conhecem? Militantes dos movimentos
que são contra tudo e contra todos e quando estão no comando, como já
estiveram, deturpam o significado das lutas e sofrem as ações dos
mesmos que em batalhas idênticas dividiam o mesmo palanque.
A sessão, portanto, foi impedida de continuar por conta do
descontrole dos manifestantes, acabaram por prejudicar o próprio movimento, que vem sofrendo desistências em função da demora e a falta de experiencia da direção do sindicato em negociar, e o maior prejudicado, de fato, é toda a sociedade, isso mesmo, não somente o professor, mais os pais e alunos que aguardam o fim da greve. Neste momento só quem ganhou foram os vereadores que apoiaram o movimento, que perdem seus momentos de glórias quando uma sessão é encerrada prematuramente, - momentos oportunos para encher mais umas linguicinhas favoráveis ao aumento do “Merchant pessoal”
Mas o que surpreendeu foi a queixa (BO) - deturpada - registrada por um
fotografo que estava hoje na câmara, não sei por que, sem desprezar a classe
dos fotógrafos, - o que diacho "esse" fotógrafo tem haver com o caso? Na verdade é fácil presumir a consequencia dos exageros que não raramente se perde os direitos e o apoio social, afinal, não existirá adesões à baixaria ou ao abuso da livre manifestação, exatamente o que levou ao parlamentar a agir, ou a apenas reagir. O BO não passa de uma tentativa de deturpação dos fatos e que não
interessa a nenhuma das partes, e para piorar, a inocência de quem invadiu o
parlamento e se viu sendo retirado sob o uso da força pelos seguranças, exatamente
porque o maldito parlamento deve ser respeitado, afinal, é a casa de leis. E o
vereador denunciado estava dentro do seu direito, dentro da sua imunidade e
dentro da casa de leis.
É por isso que enquanto os
deturpadores, os fascistas e os politiqueiros, estiverem tomando os direitos dos professores e prejudicando todo o movimento, transformando uma classe de pessoas sérias em um movimento bagunçado e de baderneiros, como ocorreu na sessão de hoje, o movimento vai perdendo adesão, seriedade, tempo e até
dinheiro, se legitimamente o executivo decidir reivindicar o que determina o contrato
de trabalho.
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