08 maio 2013

E o movimento virou desordeiro?


Era de se esperar que o movimento grevista dos professores, deflagrado no mês passado, fosse perdendo força a medida que as ações do executivo se limitem a discutir as questões fundamentais e não os fins para justificar os meios. Claro que, ainda se espera que os bons salários de fato se transformem em uma educação cada vez mais eficiente ou de qualidade, mas que não depende exclusivamente da gestão municipal, visto que, a mão forte do governo federal ainda não tem interesse em, definitivamente, aceitar que o ensino do país é de péssima qualidade.

Não por culpa dos professores, mas de todo o sistema, desde a própria remuneração até a forma no qual se exclui o ensino básico como o proposito principal de todos os demais ensinos; analfabetos funcionais é a maior matéria prima do ensino publico do nosso país. Trocando em miúdos, o problema ainda é nacional e não local, a discussão, portanto, é ainda maior.

A sessão da câmara municipal ocorrida hoje foi mais uma batalha desta que, mesmo enfraquecida, ainda milita o interesse tempestivo e pessoal da direção do sindicato. Quem não os conhecem? Militantes dos movimentos que são contra tudo e contra todos e quando estão no comando, como já estiveram, deturpam o significado das lutas e sofrem as ações dos mesmos que em batalhas idênticas dividiam o mesmo palanque.

A sessão, portanto, foi impedida de continuar por conta do descontrole dos manifestantes, acabaram por prejudicar o próprio movimento, que vem sofrendo desistências em função da demora e a falta de experiencia da direção do sindicato em negociar, e o maior prejudicado, de fato, é toda a sociedade, isso mesmo, não somente o professor, mais os pais e alunos que aguardam o fim da greve. Neste momento só quem ganhou foram os vereadores que apoiaram o movimento, que perdem seus momentos de glórias quando uma sessão é encerrada prematuramente, - momentos oportunos para encher mais umas linguicinhas favoráveis ao aumento do “Merchant pessoal”

Mas o que surpreendeu foi a queixa (BO) -  deturpada -  registrada por um fotografo que estava hoje na câmara, não sei por que, sem desprezar a classe dos fotógrafos, - o que diacho "esse" fotógrafo tem haver com o caso?  Na verdade é fácil presumir a consequencia dos exageros que não raramente se perde os direitos e o apoio social, afinal, não existirá adesões à baixaria ou ao abuso da livre manifestação, exatamente o que levou ao parlamentar a agir, ou a apenas reagir.  O BO não passa de uma tentativa de deturpação dos fatos e que não interessa a nenhuma das partes, e para piorar, a inocência de quem invadiu o parlamento e se viu sendo retirado sob o uso da força pelos seguranças, exatamente porque o maldito parlamento deve ser respeitado, afinal, é a casa de leis. E o vereador denunciado estava dentro do seu direito, dentro da sua imunidade e dentro da casa de leis.

 É por isso que enquanto os deturpadores, os fascistas e os politiqueiros, estiverem tomando os direitos dos professores e prejudicando todo o movimento, transformando uma classe de pessoas sérias em um movimento bagunçado e de baderneiros, como ocorreu na sessão de hoje, o movimento vai perdendo adesão, seriedade, tempo e até dinheiro, se legitimamente o executivo decidir reivindicar o que determina o contrato de trabalho. 

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