15 junho 2013

Gravações reforçam suspeita de extorsão praticada por delegada, presa em Açailandia

São Luis - A delegada Clenir Reis, suspeita de receber dinheiro para não investigar crimes de agressão e estupro, está em uma cela improvisada no prédio da Superintendência de Crimes Funcionais, em São Luís. O pedido de prisão preventiva foi feito pela polícia, após uma investigação que vinha sendo feita há mais de seis meses, e que apontou vários indícios de que a delegada cometia extorsão.

Apesar da prisão, a polícia ainda não informou quanto a delegada poderia ter lucrado com a prática e há quanto tempo que ela vinha cometendo este tipo de crime. Agora a polícia terá dez dias para concluir o inquérito e dizer se ela possui envolvimento com os casos denunciados.

As gravações entregues ao Ministério Público e à Polícia Civil foram realizadas por um blogueiro que mora em Imperatriz. Por várias vezes ele teria conversado com a delegada e se suposto comparsa, que também está preso. Segundo as investigações, o homem identificado até o momento apenas por Júnior que intermediava o esquema para o pagamento de propina, em troca da suspensão de investigações.

“Esses agentes extras, essas pessoas alheias ao quadro da polícia iam até as vítimas e a partir daí, usando de métodos pouco convencionais, republicanos, passavam a exigir vantagens para que esse procedimentos não fossem efetivamente instaurados”, explicou o delegado Vital Rodrigues, da delegacia regional de Imperatriz.

Em uma destas gravações, a delegada informa ao blogueiro sobre denúncias feitas contra ele por um empresário da cidade. Toda a conversa de mais de 50 minutos foi gravada por um telefone celular (veja no vídeo acima).

O material será utilizado como prova dos crimes supostamente praticados pela delegada. E a polícia acredita que eles foram muitos, afinal várias pessoas já teriam prestado depoimentos, confirmando as denúncias.
Do G1 MA

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