04 dezembro 2013

COMISSÃO DE SAÚDE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM IMPERATRIZ

O evento que vai discutir o atendimento no sistema público de saúde, especificamente na área de tratamento de câncer, atende requerimento da deputada Valéria Macedo (PDT).

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão promoverá nesta quarta-feira (4), às 14h, audiência pública no município de Imperatriz, no auditório da Câmara de Vereadores, para discutir o atendimento no sistema público de saúde, especificamente na área de oncologia, na região Tocantina. O evento atende requerimento da deputada Valéria Macedo (PDT) que é presidente da comissão de Saúde da Assembleia.

A audiência reunirá deputados estaduais e federais, médicos da área de oncologia, entidades, secretários, vereadores, prefeitos e sociedade civil organizada, para discutirem, juntos, o atendimento a pacientes da região Tocantina (macrorregiões de Balsas, Imperatriz e Presidente Dutra) que são acometidos de câncer e que necessitam de tratamento com a habilitação Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, incluindo serviços de radioterapia. 

“Nós sabemos que a região Tocantina tem um grande número de casos com pacientes diagnosticados com câncer e que não tem o tratamento adequado disponível por perto. Para isso, iremos reunir autoridades envolvidas na área da saúde para solicitar a instalação de um Unacon, para que tenha disponível a radioterapia. Isso facilitaria o acesso dos pacientes ao tratamento”, explicou Valéria Macedo.

O câncer representa hoje um dos principais problemas da saúde pública em todo mundo, e no Estado do Maranhão não é diferente. Um dos pontos mais preocupantes é a falta de um serviço de terapia mais próximo do paciente, já que a doença tem uma evolução rápida. No caso da região Tocantina, o único hospital que oferece tratamento para a doença é o São Rafael, que fica localizado em Imperatriz, mas que não disponibiliza serviços de radioterapia. Esta ausência faz os pacientes da região do sul se deslocarem para o hospital da capital, o Aldenora Bello, ou para outros Estados, como o Piauí (Teresina) e Tocantins (Araguaína).  

Segundo a deputada, a proposta de instalação de serviço de radioterapia no Sul do Estado já existe, mas está praticamente parada. “Esse processo da instalação de uma Unacon com serviços de radioterapia já está tramitando, mas é um processo que ainda caminha lentamente. Nós precisamos acelerar [o processo] em níveis estadual e federal. A população de imperatriz e região necessitam urgente desses serviços”, disse.

De acordo com Valéria Macedo, após o debate, será encaminhado um relatório à secretaria de Saúde do Maranhão, à Assembleia Legislativa e ao Ministério da Saúde, com todas as informações sobre a importância de acelerar o processo de instalação de habilitação Unacon com serviço de radioterapia no Sul do Estado.

SERVIÇOS

Assim que estiver funcionando completamente, a Unacon do Hospital de Imperatriz oferecerá serviços de cirurgia oncológica, clínica de radioterapia, cuidados paliativos e pronto atendimento na área. Mas o foco será a assistência especializada na alta complexidade para diagnóstico definitivo e o investimento no tratamento de câncer que hoje no Maranhão em termos de mortalidade proporcional, ocupa o terceiro lugar na relação das causas mais frequentes, sendo superada apenas pelas doenças cardiovasculares e causas externas.

DADOS

No Maranhão, um Estado com seis milhões e 500 mil habitantes, existem apenas dois Unacon’s, um em São Luís e outro em Imperatriz, ambos sem serviço de radioterapia.  É disponibilizado apenas um Cacon (Centro de Alta Complexidade em Oncologia), no Aldenora Bello, com serviços de radioterapia. 


“Verificamos que atualmente não conseguem atender a demanda dos pacientes principalmente os provenientes do interior do estado fazendo com que haja uma longa fila de espera para tratamento de radioterapia, o que acarreta altos índices de não realização ou abandono do tratamento por parte dos  pacientes. De acordo com dados de 2010 do Tribunal de Contas da União a cobertura da radioterapia no Maranhão é de apenas  57,5% da demanda existente, e a cobertura de procedimentos cirúrgicos oncológicos é de apenas 48,5% da demanda existente, o que reforça mais uma vez a necessidade urgente da descentralização do serviço de radioterapia aos pacientes das três macro regiões de saúde (Imperatriz, Balsas e Presidente Dutra) que passariam a ser atendidas em Imperatriz”, concluiu Valéria Macedo.

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