24 fevereiro 2014

Dilma bateu no teto...

Os dois principais pré-candidatos da oposição à corrida presidencial apostam na largada oficial da campanha para desbancar a dupla Dilma e Lula como condutores preferenciais das mudanças desejadas por dois terços da população nas ações do governo a partir de 2015. O governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB) acreditam que a indicação dos petistas como mais preparados para implementar mudanças na forma de governar, revelada pelo Datafolha, reflete muito mais o amplo conhecimento que a população tem da atual ocupante do Palácio do Planalto e de seu antecessor.

Para PSB e PSDB, partidos que já costuram aliança em um eventual segundo turno, o brasileiro segue desatento ao processo de sucessão e as pesquisas ainda espelham o desconhecimento de seus candidatos."A lista [com os dois petistas como condutores preferenciais dessa mudança] é muito mais na base do recall dos nomes do que qualquer outra coisa", afirmou à Folha o governador pernambucano Eduardo Campos.

"O que chama a atenção é o desejo majoritário por mudança. Esse desejo parece estar cristalizado, está tendendo a se uniformizar em todas as regiões e tem uma dinâmica forte nas grandes cidades e entre jovens. O que há, na verdade, é um desconhecimento alto das [candidaturas] alternativas, e isso tem data certa para ser superada, que é a campanha eleitoral", completou Campos, ex-aliado de Lula e Dilma.

O PSDB foi na mesma linha de avaliação. Instruído a falar em nome do senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do partido, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) afirmou que a população só "entra no jogo para valer" com o início do programa eleitoral gratuito em cadeia nacional de rádio e televisão.

Pelo fato de a pesquisa não ter registrado alterações de novembro até agora nem na popularidade da presidente nem na intenção de voto, os dois partidos avaliam internamente que a petista parece ter atingido um teto de desempenho após investimentos em comunicação nos últimos meses. "Há uma máquina governamental poderosa de comunicação e, no entanto, só 41% aprovam o governo", disse Pestana. (Folha de São Paulo)

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