19 abril 2014

O velho saber: política se faz com gesto e sem conotação inócua

Gesto pra história.
Às vésperas de entregar, no dia 24 de abril, mais de dois mil títulos definitivos de propriedade para centenas de famílias, diferentes de seus pares do primeiro escalão, Daniel foi o único que efetivou de fato uma ação concreta nos 10 dias de prefeito em exercício do vereador Hamilton Miranda. Nas palavras do próprio Hamilton, visivelmente emocionado, o “gesto que Daniel fez com ele jamais, seja em qualquer lugar que eu estiver, será esquecido”. Mais do que um simples gesto político e de aliado, a assinatura dos 400 títulos da etapa do processo de regularização de posse e de moradias feita por Hamilton, sintetiza que o advogado, especialista nas causas trabalhistas, joga por terra algumas especulações que não diz respeito ao histórico aguerrido de Daniel. É um banho de água fria em muitos ‘bajuladores’ que rodam pessoas públicas como urubus atrás de carniça, esfomeados pela ilusão do poder, tal quais os nanicos da velha política, que em devaneios saem pelas portas dos fundos, dissimulados por projetos pessoais pífios e sem gordura, ausentando-se do processo de respeito e humildade.
 Todavia, a meta de entregar os dois mil títulos e mais sete mil até o final do ano, é cercada de alguns entraves da própria máquina pública, alheios à dinâmica da secretaria. Cansada e sem projeção de modernização, a velha prefeitura não acompanha o ritmo e deixou escapar um convênio com a Caixa Econômica, que parecia querer participar de alguma forma do evento do dia 24.
Se o dinamismo de trabalho de Daniel e da sua equipe ultrapassa a normalidade do acaso da esfera pública, se seus gestos como gestor a Hamilton de claras pretensões eleitoreira não se enquadram na velha política dos bajuladores, não é de estranhar que se avizinha logo, aquilo que o blog já previa, que é a luta de classe de Daniel na função de juiz, papel esse que não esconde desde que o direito e a militância sindical lhe caíram no seio pessoal.
As costumeiras práticas políticas parecem mesmo não abrigar pessoas desnudas do ônus da mediocracia. O judiciário ganhará um grande reforço.

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