Blog do Linhares
Ah, como é amargo o gosto da incompetência. Parece que Flávio Dino rechaçou ontem a possível candidatura de João Castelo ao pleito de senador em outubro. Flávio Dino pode ter dado de bandeja a Edinho Lobão a chance que ele tanto busca e eu vou explicar o motivo.
Uma pesquisa interna do grupo de Paulo Marinho Jr. feita em Caxias mostra Castelo com 45% das intenções de voto, Roberto Rocha aparece em segundo com menos de 15%. Pesquisas do grupo sarney mostram o tucano com o triplo do segundo colocado. Aécio neves, ao que tudo indica, não sabia da liderança de João Castelo nas pesquisas. Até mesmo pelo fato destas serem recentes. A vaga de vice na chapa do comunista não levava em consideração este fato. Lembre-se: são cerca de 80 senadores. O PSDB possui 10 senadores, a terceira maior bancada. Nestas eleições é provável que aumente esse número. Fazer uma boa bancada de senadores, visto que na Câmara Federal o confronto com o Governo é desigual, é importante para Aécio em caso de vitória e em caso de derrota muito mais do que todos os vice-governadores do país. Na vitória, irão contrapor o grande número de deputados federais na Câmara, na derrota irão fortificar a oposição.
Vamos a mais fatos?
1 – Flávio Dino não irá pedir votos para Aécio Neves em nenhuma hipótese, quer o tempo de TV do partido e, se possível, que os grandes tucanos façam campanha para ele.
2 – O PSDB só terá chances de compor o governo de Flávio Dino se Aécio for eleito e se João castelo virar senador. o que busca de concreto nesta aliança, até agora, é apenas a comodidade para a reeleição de suas bancadas estadual e federal na chapa proporcional.
3 – Roberto Rocha não irá vencer essa eleição.
4 – Castelo hoje é favorito.
4 – O grupo Sarney não tem candidato definido.
5 – Antonio Lavareda, o cérebro por trás da campanha do Governo, já disse que a entrada do tucano na chapa governista daria um “up” na campanha.
6 – Quem vai decidir para onde o PSDB maranhense vai é Aécio Neves.
Pois bem, amiguinhos. Flávio não irá pedir voto para Aécio que , na melhor das hipóteses, pode sair do Maranhão com um senador eleito. Depois do golpe que ajudou a dar em Luís Fernando, Edinho ligou imediatamente para Castelo e fez o convite. lembrem-se: nem Edinho e muito menos Flávio Dino irão fazer campanha para Aécio Neves. O próprio já confidenciou isso a deputados do Maranhão em Brasília.
Tucanos do Maranhão tendem a Flávio Dino, mas sabem que a vaga de vice na chapa não irá garantir absolutamente nada. Garantias o PSDB do Maranhão tem se eleger o presidente e um senador.
Ao anunciar que Roberto Rocha é o único candidato das oposições, Flávio Dino abriu uma porta que parecia já estar fechada. Edinho pode muito bem ligar para Aécio e dizer: “garanto a eleição do Castelo”. Isso irá balançar o senador mineiro. Mas, falta algo: os deputados. Se além de lançar Castelo como candidato único, o que garantiria sua eleição, e garantir aos deputados do PSDB uma estrutura razoável em uma coligação confortável, Edinho Lobão tira o PSDB da coligação de Flávio Dino.
E por que essa declaração de Dino foi tão imbecil? Simples, Castelo já manifestou seu direito de ser candidato e disse que, caso realmente saia candidato, não irá exigir que seja o único candidato. Roberto Rocha poderia manter sua campanha. E tem mais: parece que a deputada Gardênia Castelo estaria disposta a abrir mão da candidatura caso o pai saia candidato. Com absoluta certeza os deputados de oposição, que NÃO APOIAM A CANDIDATURA DE ROBERTO ROCHA em em quase sua totalidade, iriam receber a notícia muito bem. Ganhariam um PSDB com apenas um deputado estadual indo para a reeleição.
Flávio Dino deve achar que sua aproximação de Sebastião Madeira, que goza de amplo prestígio com a cúpula nacional do PSDB, deve ter sido um basta na novela com o PSDB. Pode ter dado um grandioso tiro no pé. Porque se João Castelo, de posse de pesquisas que apontem sua liderança, for a Brasília e bater o pé, Flávio poderá ficar com o candidato a vice do PDT, Roberto Rocha, PSB, PPS e PCdoB, porque Aécio Neves muito provavelmente irá preferir que o PSDB eleja o senador.
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