09 junho 2014

A Opção de Madeira por Flávio Dino: traição é o caralho.

Por Elson Araujo

Nunca antes no Maranhão uma opção política alcançou tanta repercussão quanto a do prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira por Flávio Dino governador, isso só demonstra a importância política alcançada por ele ao longo da sua trajetória política. A quem insiste em chama-lo de traidor por ter refugado o projeto de Lobão Filho, faço uso de uma expressão de um texto do radialista   Jerry Alves.  Traição?  Traição é o caralho.

Com o anúncio da escolha por Fávio  Dino,  blogueiros  e "mestres da opinião" do norte e do Sul do Estado, não tão imparciais assim, trataram logo de tentar  traduzir negativamente o gesto do prefeito num visível afã  de minimizar a sua atitude  corajosa. O raciocínio era bem simples: outros poderiam tê-lo com exemplo e fazer a mesma coisa vindo a abrir um precedente perigoso.

É notório. Madeira como prefeito de Imperatriz procurou estabelecer uma relação institucional com o Governo  de  Roseana  que rendeu convênios importantes. A cidade se beneficiou, e Roseana também, já que a imagem dela perante a opinião pública começou a mudar. A relação evoluiu para o apoio ao então candidato dela, o bom Luís Fernando, visivelmente fritado por forças não tão ocultas assim. O candidato era dela, não do grupo. Os fatos, fotos e imagens, provam isso. LF foi sabotado o tempo todo pelos que achavam que eram seus.
Mudou o candidato e resto da história todos já sabem: Madeira não acompanhou Roseana, e tem razões e contrazões de sobra para tal decisão. Além do mais ele não acredita que o senador Edinho Lobão pode ser um bom governador. Essa opinião o prefeito deixou clara em diversas entrevistas depois da desistência de Luís Fernando e  também ao  anunciar o apoio  a Flávio.
O prefeito de Imperatriz poderia invocar e justificar um elenco de motivos para não seguir o projeto que substituiu Luís Fernando,  mas preferiu num primeiro momento,  dizer que não acreditava nele e que " só defendia aquilo que acreditava" .

Madeira foi decente com governadora. 60 dias antes da desistência de Luís Fernando quando os " ventos do palácio dos leões" já anunciavam  as outras possíveis opções do grupo dela este já havia  lhe dito que não a seguiria caso houvesse mudança de nome . O voto de Madeira era de LF para governador e de Roseana para o Senado. Nenhum saiu candidato.

Na nossa incipiente e frágil democracia ainda temos o direito ao sim e ao não. Sim, no que acreditamos  e no que  possamos reunir forças para defender; e não no que não acreditamos.  O cidadão, por vezes, publicamente pode dissimular uma escolha que verdadeiramente só se revelará com força na solidão da cabine eleitoral; Madeira não agiu assim  e tratou logo de externar para todo o Maranhão o sim ao projeto de Flávio Dino.


Traição?

Balela, falácia, frases prontas, clichê para desconstruir uma atitude digna de registro nos livros de história do Estado.

Pelo até então alinhamento com o palácio, o que poderia ser considerado regra, seria Madeira ter engolido princípios e dizer um sim cego,   inconsequente,   cheio de medo  por conta de eventuais retaliações. Madeira disse não a Lobão Filho e um sim bem grande á sua consciência, ao que acredita e ao sentimento  e vontade de milhares de maranhenses que querem de fato e de direito uma verdadeira transformação no Maranhão.

Madeira simplesmente exerceu o seu direito de escolha. Traição seria ferir de morte sua consciência seguindo um projeto no qual não acredita e que colide com a vontade maior dos maranhenses de um Estado desenvolvido, justo e com oportunidades iguais para todos.


Nenhum comentário:

Postagem em destaque

No Maranhão, quase metade dos lares recebe Bolsa Família, diz o IBGE

  Em 2023, 40% dos domicílios maranhenses recebiam o Bolsa Família, o que corresponde a mais de 1 milhão de domicílios. Os dados da Pesquisa...