31 julho 2014

A igreja que bajula o rico.


Antônio Carlos Costa

“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, e trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé, ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés...". (Tiago 2: 1-3)

Tiago afirma que é possível tratamos o rico como se estivéssemos diante do anjo do Senhor: “… e tratardes com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra…”. Thomas Manton nos chama a atenção, no seu comentário sobre o livro de Tiago, para o fato de a palavra grega para “tratardes com deferência" significar “olhar e observar com alguma admiração e especial reverência”.

Por quê essa admiração, culto e bajulação? O que pode levar o povo que diz conhecer “o Senhor da glória” a se deixar fascinar por um mortal? Os motivos são vários. A igreja pode, mencionando uns poucos exemplos, raciocinar da seguinte forma:

Primeiro, "estamos diante de alguém que chegou aonde chegou por ser um favorecido de Deus". É possível que a riqueza seja interpretada como demonstração da escolha divina. A igreja estaria, portanto, perante alguém digno de ser honrado em razão dos sinais exteriores da sua predestinação.

Segundo, “estamos diante de alguém que tem muito a nos ensinar, uma vez que jamais teria chegado aonde chegou se não fosse pela sua capacidade excepcional”. Por mais frágil que uma avaliação como essa possa ser, há uma tendência na maioria das pessoas de considerar o rico um grande talento.

Terceiro, “estamos diante de alguém que pode viabilizar nossos projetos, verdadeira resposta de Deus para as necessidades financeiras da igreja”. Um curto-circuito pode ocorrer na cabeça do líder que muito embora estimule o doente a procurar pela fé cura em Deus, demonstra completa incapacidade de usar essa mesma fé para fazer a obra de Deus, o que o leva a depender mais dos homens do que da providência divina.

Quarto, “estamos diante de alguém que faz parte do público alvo da igreja”. Pode acontecer de a igreja ter abraçado o mito de que há igreja que tem chamado exclusivo para o rico, e que é melhor trabalhar com grupos homogêneos quando se quer plantar igreja e fazê-la crescer. "Rico sente-se bem na presença de rico, e há pastor que não sabe pregar para o pobre!”, essa gente pode ser levada a pensar.

Quinto, “estamos diante de alguém que pode nos proporcionar prazeres que de outra forma não desfrutaríamos. Quem sabe não nos convida a fazer uma viagem ao exterior, ou nos chamar para passar dias na sua casa de praia, ou nos levar a botar os pés em restaurantes sofisticados?” É difícil entender como pessoas podem jogar seu tempo fora, privando-se da sua liberdade, sendo forçada a viver ao lado de gente oca, e tudo isso por tanto pouco. Ninguém pode dizer que o rico tem que ser necessariamente superficial e materialista, mas todos sabemos de pessoas que se privaram da sabedoria dos humildes a fim de andarem na companhia de quem só é rico na conta bancária.

Os motivos vão longe, não se resumem ao que acabou de ser exposto. Algumas dessas motivações, aparentemente, mais nobres do que outras. Mascaradas pelo disfarce da falsa virtude e compromisso espúrio com a causa de Deus. Ninguém tem energia moral para dizer de si para si mesmo que é canalha e usa a religião para ascender socialmente.

Amemos o rico. Consolemos o rico. Que o tratemos como irmão na fé quando ele se converter. O estimulemos à prática de boas obras. Sua riqueza pode gerar investimento em ciência e tecnologia, socorro ao pobre e financiamento da obra missionária. Mas, nada de subserviência e idolatria. Isso ofende a Deus, insulta ao pobre e destrói a alma do rico, que precisa sempre ser lembrado de que é um mortal, e que a maior prova de que foi salvo é a sua generosidade.

"Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida" (I Tm 6:17-19).


Antônio Carlos Costa é presidente do Rio de Paz e pastor da I.P. da Barra

30 julho 2014

IMPERATRIZ: Mulher gravida morre mas filho é salvo por heróis do SAMU...

5125272250e1ec89ebd07a44830b204f_MUm crime de homicídio vitimou um mulher de 24 anos, identificada como Dilvânia. Ela estava grávida de oito meses e foi morta a tiros, na madrugada desta quarta-feira (30). O crime aconteceu no bairro Bacuri. Mas por outro lado, a equipe do SAMU conseguiu salvar a vida do bebê.
Após ser alvejada, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para prestar socorro à mulher, que conseguiu fazer o parto e salvar a vida da criança, mas a mãe morreu antes do procedimento.
De acordo com informações do Samu, quando a equipe chegou ao local da ocorrência, a mãe encontrava-se morta há aproximadamente 20 minutos. A equipe se esforçou para realizar todos os procedimentos dentro da própria ambulância e reanimar bebê, que já estava com parada cardiorrespiratória.
Segundo informações do Hospital Regional Maternal Infantil, o estado da criança é grave e os médicos estão fazendo todos os procedimentos necessários para salvar a criança.
Motivação do crime
A Polícia Militar revelou que Dilvânia tinha envolvimento com drogas e o motivo do crime poderia estar ligado acerto de contas do tráfico.

PSB esquece Vincenti e pressiona para eleger Bira do Pindaré...

Presidentes municipais do PSB, da região Sul do Estado, ainda reclamam das pressões movidas por um dos dirigentes do partido, mais precisamente Eduardo Palhares, sobre apoio a candidatos do partido, neste caso especifico, a Bira do Pindaré, recém-filiado. 

A reunião nas dependências do diretório municipal do PC do B, em Imperatriz, e ocorreu sem nenhuma participação de dirigentes Estaduais, o que soou estranho a pressão de Eduardo, visto que o discurso tratava somente do ex-petista, Bira do Pindaré, sem citar em momento algum o nome de Rose Vicentini (PSB), e que também concorre a vaga na Assembleia, e com mais legitimidade politica para pedir apoio na região Sul do Estado, já que Bira, como o próprio codinome diz, é da região do Pindaré ou médio Mearim. 

Segundo um presidente municipal, as pressões ficaram por conta de Eduardo Palhares, que não hesitou em demonstrar que a adesão a outros candidatos que não fossem da legenda seria mal interpretada pelo partido, enquanto Bira limitou-se a observar e ao final pediu que as demandas fossem encaminhadas para seu e-mail. 

Segundo informações pelo menos dois diretórios aderiram às pressões.

Pesquisa Ibope aponta reeleição de Alckmin no primeiro turno

Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (30) aponta o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 50% das intenções de voto na corrida eleitoral deste ano. Com o percentual, ele venceria a disputa pela reeleição no primeiro turno.

O segundo colocado na pesquisa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), aparece com 11% das intenções de voto. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) aparece com 5%. Esta é a primeira pesquisa Ibope após o registro das candidaturas.Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada:
  • Geraldo Alckmin (PSDB) – 50%
  • Paulo Skaf (PMDB)  – 11%
  • Alexandre Padilha (PT) – 5%
  • Gilberto Natalini (PV) – 1%
  • Laércio Benko (PHS) – 1%
  • Raimundo Sena (PCO) – 1%
  • Wagner Farias (PCB) – 1%
  • Gilberto Maringoni (PSol) – 1%
  • Walter Ciglioni (PRTB) – não pontuou
  • Brancos e nulos: 15%
  • Não sabe: 14%

Rejeição

O Ibope também apontou a rejeição dos candidatos. A maior rejeição é do petista Alexandre Padilha, que tem 19%. Na sequência aparecem Alckmin (18%), Skaf (13%), Natalini (7%), Sena (7%), Benko (6%), Maringoni (6%), Ciglioni (6%) e Farias (5%).

Avaliação do governador

Na mesma pesquisa, os eleitores também responderam sobre a avaliação ao governo Alckmin. Segundo o Ibope, 40% disseram que ele é "ótimo ou bom". Outros 38% afirmaram que ele é regular. Os que dizem que ele é “ruim ou péssimo” somam 19%. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de julho. Foram entrevistados 1.512 eleitores em 78 municípios do estado. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

Por Coturno Noturno

Revelações pós despejo...

O prefeito Sebastião Madeira aproveitou o despejo dos professores do prédio da prefeitura, para restabelecer a verdade dos fatos, em função de uma série de inverdades propagadas pelos grevistas, entre elas, o inchaço da folha que impossibilitaria o gestor conceder mais um aumento. De toda a entrevista em vários meios de comunicação, o mais espantoso foi a declaração de Madeira sobre o aumento de 55% por cento já concedidos aos professores durante os seis anos do seu governo, o que reforça, cada vez mais, a tendência que levou ao desgaste do movimento grevista.

A ultima e descontrolada ação do STEEI foi a invasão das dependências da maior representação democrática da cidade, a prefeitura municipal, divergência a parte, o movimento grevista só ocorre por causa do direito a manifestação, suposto decorrente da democracia. A invasão, no entanto, reforça a tendência desrespeitosa da esquerda quando o regime não lhe favorece, o mesmo se aplica a decisão da justiça, que passa a ser vista como de forma duvidosa, quanto ao julgamento dos direitos, quando eles não lhes favorecem, pelo menos foi o que os mais radicais defensores do movimento apregoaram quando a decisão se quer havia sido analisada.

Com direito ou não, a invasão a uma instituição é o resultado do descontrole da coordenação do movimento, não se pode e nem se deve, seja de qual forma, cogitar qualquer defesa de um sentimento ocupado por um ato insano como este, e se partirmos do pressuposto que a maioria dos professores estão representados por pessoas de boa índole e profissionais formadores de opinião, formadores de doutores, médicos, técnicos e outros tantos profissionais, vemos, então, que a invasão foi é um desastre para a imagem da categoria.

Não é possível concordar com tal ocupação, mas a ordem de despejo é tão somente um forma de impor o respeito e a ordem publica, a mesma incumbência democrática que os professores que tiveram suas imagens lesadas, deveriam usar para cobrar uma prestação de conta dos recursos recebidos provenientes de repasses sindicais.

Essa sim, é a duvida que todo professor deveria tirar.


25 julho 2014

CAMPANHA EM CRISE? Lobão Filho cancela agendas no interior do Maranhão...

Agenda de Lobão Filho na região da Rota das emoções. Na prática, o candidato só conseguiu fazer campanha de rua em Água doce do Maranhão
Agenda de Lobão Filho na região da rota das emoções. Na prática, o candidato só conseguiu fazer campanha de rua em Água Doce.
Por Lígia Teixeira
O blog publicou ontem post sobre o cancelamento em massa de compromissos  de Edinho Lobão Filho no interior do Estado. (RELEIA AQUI). A coordenação de campanha do candidato do PMDB encontra dificuldades para montar palanques e, sobretudo, reunir eleitores para os eventos programados.
Um exemplo flagrante da dificuldade de Lobão Filho para atrair interesse do público foi o que ocorreu ontem em alguns municípios da chamada Rota das Emoções. A agenda de Lobão Filho previa que ele fizesse caminhadas em Paulino Neves, Água Doce do Maranhão e Araioses, além de uma carreata em Tutóia. Mas, de concreto mesmo ocorreu apenas uma carreata rápida em Água Doce.
Em Paulino Neves, o exemplo mais emblemático da rejeição a Edinho. Desde janeiro, quando o candidato do consórcio Sarney-Lobão ainda era Luís Fernando, já havia claro desinteresse das lideranças municipais.  Luís Fernando pousou em seu helicóptero  no campo de futebol de propriedade do prefeito, contra a vontade do gestor. Com Lobão Filho foi pior, não houve clima sequer para uma visita do candidato, que chegou a anunciar a presença na cidade, conforme constava na agenda oficial no site, apagada depois do fiasco.
Para piorar, a coordenação de campanha do PMDB resolveu enganar o eleitor.
Twitter de Gastão Vieira anuncia recepção de candidatos do PMDB  em Paulino Neves que não existiu.
Twitter de Gastão Vieira anuncia que ele e Lobão Filho foram recepcionados em Paulino Neves, mas o evento não aconteceu
Mesmo sem cumprir os compromissos pré-agendados, as redes sociais do PMDB  anunciam que os eventos existiram.
O leitor mais atento pode questionar a argumentação da dificuldade de Lobão Filho
com a classe política, usando como exemplo o que vem sendo publicado  na mídia sarno-lobista, que mostra diariamente uma foto de Lobão Filho reunido com prefeitos do interior. Na foto em questão há um nome chave para entender a existência do encontro com Lobão Filho: Chama-se Gil Cutrim, prefeito de São José de Ribamar,  presidente da Federação de municípios do Maranhão (FAMEM) e  filho do Presidente do tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) Edmar Cutrim.
Mas este é assunto para outro post.

Pesquisa 'SIGILOSA' pode gerar multa de 53 mil reais para blogueiro.

Sem divulgar os números de uma suposta pesquisa denominada por ele mesmo de; ‘SIGILOSA’, o editor do blog ‘só falo a verdade’ pode ter cometido crime eleitoral ao antecipar uma informação de pesquisa eleitoral sem o devido registro, como exige o artigo 33 da Lei 9.504/97, a Lei das Eleições, e a Resolução 23.398/2013, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estando, porém, passivo de multas que podem chegar até 53 mil reais.

Segundo o blogueiro, acadêmico de direito e especialista em analises eleitorais, a informação da tal pesquisa seria uma 'bomba', pois apontaria uma queda do candidato favorito; “...queda do candidato da oposição em 10 pontos percentuais, segundo ele, “...contra uma subida quase que na mesma proporção do candidato Lobão Filho (PMDB)”.  O problema é que, depois do primeiro dia do ano que eleitoral, a divulgação de pesquisas eleitorais deve observar as determinações previstas na legislação, que diz claramente que qualquer pesquisa relativa às eleições e aos candidatos, realizada para fim de divulgação, deverá obrigatoriamente ser precedida, em pelo menos 5 (cinco) dias da data divulgação, de registro no Juízo Eleitoral competente das informações elencadas no artigo 33 da Lei 9504/97 e no artigo 1º da Resolução TSE 23.364/2011. O registro deve ser feito pela empresa que realizou a pesquisa.

Ainda segundo a resolução do TSE, qualquer infração a determinações previstas na legislação eleitoral é passível de multas e sanções, inclusive criminais, a serem aplicadas pela Justiça Eleitoral, a divulgação, ainda que incompleta (aplica-se a este caso), de resultados de pesquisa sem o prévio registro sujeita o instituto de pesquisa, o contratante da pesquisa, o órgão de imprensa, o candidato, o partido político ou coligação, ou qualquer outro responsável à multa prevista no artigo 18 da Resolução TSE 23.364/2011.

Para os menos informados, de acordo com a legislação eleitoral, na divulgação da pesquisa deverão ser informados, obrigatoriamente: O período de realização da coleta de dados; a margem de erro; o número de entrevistas; o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou; o número de registro da pesquisa.

Em um processo melindroso como a eleição dos cargos eletivos mais importantes do nosso Estado, é necessário que os meios de informações, sejam eles quais forem, tenham o mínimo de querência e respeite as diretrizes da boa informação, sob pena de pendurar a chuteira e mudar de ramo, após o processo eleitoral, ou muito pior que tal pena, entrar em descrédito em detrimento de uma barganha recebida durante esses 60 dias, como tem ocorrido com muitos sensacionalistas ou pistoleiros da imprensa. 

Aécio tem probabilidade de 60% de ser eleito, afirma Consultoria.

A MCM Consultores passou a atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da oposição. Em relatório distribuído na quarta-feira, 23, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.

A consultoria é a segunda instituição financeira a divulgar relatório a clientes apostando publicamente na derrota da presidente Dilma nas eleições presidenciais. A primeira instituição foi a corretora japonesa Nomura Securities, que na quarta-feira, após a pesuisa Ibope/Estadão, aumentou a probabilidade de vitória do candidato tucano Aécio Neves para 70%. No dia 11 de junho, a Nomura Securities já havia atribuído uma probabilidade de 60% de vitória do tucano num segundo turno da eleição presidencial.

“Não estamos declarando taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou efetivamente”, escreveram os analistas da MCM na nota enviada a clientes ontem. “Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura governista.”

Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada (“turning point”) para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. “Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição”, afirmaram os analistas.

Além das pesquisas, destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do quadro econômico, “sintetizado pelo resultado decepcionante do último Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais de forte rejeição ao PT no Sudeste – de maneira mais acentuada em São Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados mais importantes do país, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando Pimentel lidera as pesquisas”.

Segundo a MCM, os fatores que beneficiam a candidatura Dilma não desapareceram, entre os quais mais tempo de propaganda no rádio e na televisão, forte apoio entre os eleitores mais pobres, possibilidade de explorar no horário eleitoral gratuito os programas federais voltados principalmente aos eleitores de baixa renda e o apoio do ex-presidente Lula.

“Considerando a evolução do quadro econômico e político e suas perspectivas futuras, avaliamos que, neste momento, os elementos favoráveis à presidente Dilma são insuficientes para atribuirmos à reeleição maior probabilidade de sucesso do que de fracasso”, escreveram os analistas da consultoria. (Estadão)

24 julho 2014

AMPARE reforça a necessidade de ampliação do número de voluntários

A entidade filantrópica oferece hospedagem para pacientes com câncer em tratamento e seus acompanhantes

Imperatriz - O solar da Associação de Amparo aos Pacientes de Câncer da Região Tocantina (AMPARE), possui uma capacidade para hospedar gratuitamente 35 pessoas. O órgão oferece hospedagem e alimentação para pacientes e acompanhantes e se mantém financeiramente através de doações de voluntários e dos eventos que organiza.
Os pacientes vêm principalmente de outras regiões, como a auxiliar de serviços gerais Hilda Ramos, do Tocantins. Ela está hospedada na casa há mais de um mês, acompanhada do marido e diz estar satisfeita com o trabalho da instituição. “só em você ter um teto para ficar é muito bom, já que eu não tenho parentes aqui”, justifica.
Além da assistência aos moradores de outras cidades a entidade auxilia cerca de 70 famílias de pacientes que moram em Imperatriz, com a entrega de cestas básicas mensais.


Sócios - Segundo a presidente Glória Cortez, apesar da ajuda dos voluntários e dos sócios que contribuem mensalmente, a instituição precisa da adesão de mais pessoas que possam colaborar de maneira ativa.

“Seria ótimo aumentar a quantidade de sócios, mas que sejam ativos, porque inativos tem uns 300. Qualquer pessoa pode ajudar outra de menor condição, com qualquer valor. Lá estão pessoas necessitadas mesmo e que precisam de apoio”.

Glória ressalta ainda que  as pessoas podem contribuir financeiramente com qualquer valor mensal, com cestas básicas, ou com as atividades da associação.

“Precisamos sim de ajuda financeira, mas, além disso, precisamos de mais pessoas que arregacem as mangas, buscando recursos, visitando os pacientes, organizando palestras, eventos, enfim, tudo o que estiverem dispostas a fazer”.

Despesas - A AMPARE, que há dez anos presta assistência às pessoas com câncer tem uma despesa mensal que varia de 5 a 8 mil reais. Toda a verba arrecadada para suprir os gastos é proveniente de doações dos sócios, voluntários e dos eventos tradicionais que a instituição promove durante o ano.

(Assessoria)


JUNTE-SE AO ESQUADRÃO DE HERÓIS DA AMPARE E AJUDE NA LUTA PELA VIDA.
Para ser um sócio ou voluntário:
Escritório: Rua Pernambuco, 772, Centro. Telefone: 2101-3900

Solar: Avenida Newton Belo, 1555 – Bairro Ouro Verde.

23 julho 2014

Prefeitura lamenta invasão por parte do sindicado dos professores

Em nota enviada agora a pouco aos meios de comunicação da cidade de Imperatriz, a prefeitura, através da sua assessoria, lamentou a invasão promovida pelo sindicato dos professores, que em um momento considerado anti democrático, visto que o ocorrido ainda causou momentos de terror e panico aos servidores lotados no prédio da prefeitura, o sindicato e professores simplesmente perderam a razão, e deixaram o momento de luta por melhorias se tornasse em ato de vandalismo politico, comprovado e cada vez mais consistente em cada ato de total descontrole da direção sindical.
NOTA
A Prefeitura de Imperatriz lamenta a invasão do prédio público,  no qual se abriga grande parte de seus departamentos,   fato ocorrido na manhã desta quarta-feira, 23 de Julho e condena o comportamento belicoso e antidemocrático dos líderes do Sindicato dos  Estabelecimentos  de Ensino de Imperatriz- STEEI -  por tal ato, que diante do triste episódio causou pânico e terror aos servidores que ali estavam na sua atividade laboral, já adotou as providências legais  para desocupação  do mencionado prédio. Para  isso, ajuizou uma ação de reintegração de posse com  pedido de liminar,  cumulada com uma Ação de  Interdito   Proibitório.
Reconhece  ainda,  que o direito de manifestação é uma garantia do  estado democrático  e que o mencionado instituto  não  pode ser confundido   com o crime de invasão de prédio público.  
Imperatriz (MA) 23, de Julho, 2014
Elson Mesquita de Araújo

Assessoria de Comunicação Social

Recuperação e asfaltamento de ruas avançam na cidade de João Lisboa...

Prefeitura de João Lisboa em parceria com o Governo do Estado do Maranhão iniciou um novo trecho de asfaltamento na Avenida Industrial II, no bairro Cidade Nova.

Esta obra é fruto do trabalho do Prefeito Jairo Madeira que sempre vem buscando melhorias para todos os setores do município joãolisboense, e é possivel constatar apenas andando pela cidade ou buscando atendimento ou os serviços disponíveis no município.

Os moradores desta Avenida, por exemplo, afirmam que nunca haviam recebido qualquer serviço de infraestrutura, muito menos o asfalto, mas que agora tem seus sonhos realizados.

“É apenas o início do trabalho de asfaltamento no bairro Cidade Nova, várias outras ruas receberão um asfalto como está sendo colocado na cidade” afirmou o Prefeito Jairo Madeira.

Além dessas ações, trechos das ruas Nestor Milhomem, Tocantins e Duque de Caxias
perpendiculares à Avenida Industrial II também serão asfaltadas, e os serviços também já estão em fase de execução, através da primeira etapa, que é a colocação de piche. 


“A previsão para finalizar a obra está prevista para até em dois meses, quando será entregue definitivamente à população", finalizou o secretário de infraestrutura de João Lisboa Júnior Madeira

ELEIÇÕES 2014: Rildo Amaral desponta na frente de Marco Aurélio e Roma...

A última pesquisa realizada, e também a primeira após o inicio do processo eleitoral, onde aumentam as exposições dos candidatos na busca constante pelos votos, acabou demonstrando algo que menos se esperava; que nem sempre a expectativa pode ser resumida em voto, ou pelo menos por enquanto, onde a avaliação é de momento, os mais cotados para uma provável eleição para o legislativo estadual entre os vereadores de Imperatriz que buscam uma vaga, se quer apareceram como os mais cotados na pesquisa realizada pelo instituto EXATA, e divulgada pela TV Guará.

Os vereadores Marco Aurélio do Teorema (PC do B) e o vereador Roma (PSL), sempre foram os parlamentares de maior exposição, no caso do Roma, 'âncora' no programa de maior audiência na televisão local, não foi, pelo menos ainda, o bastante para suprir as especulações de um provável e novo fenômeno eleitoral. No caso do vereador do PC do B se repete com menor intensidade, o trabalho forte na mídia social, programas televisivos, a força do cursinho preparatório, e as imposições do partido para com alguns líderes na região, ainda não foram o suficientes para transformar as expectativas em manifestações expontaneas na pesquisa.


No entanto, o que não se esperava e submergiu, foi a presença do Vereador Rildo Amaral (SDD) na lista que consta pelo menos os 42 nomes mais citados, referencia a quantidade de vagas na Assembleia Legislativa. Na comparação com os demais vereadores, Rildo é o que deveria ter menos chances, se compararmos todas as vantagens perante os outros dois companheiros de parlamento.

Mas essa é apenas a primeira impressão de uma campanha que praticamente nem iniciou, e que deve vir recheada de surpresas que certamente aumentará os batimentos cardíacos dos candidatos, mais especialmente dos que já avistavam uma vaga certa entre as 42 cadeiras disponíveis.

Dinheiro não compra educação de qualidade

O investimento de 10% do PIB em educação pode não surtir o efeito desejado, caso o ensino brasileiro não se liberte da doutrinação que o assola, como defende a ONG Escola Sem Partido, que realiza o primeiro congresso a tratar do tema.

Caso a educação pudesse ser feita apenas com dinheiro, sem dúvida, o Brasil teria um ensino de Primeiro 
Mundo. Com a promulgação pela presidente Dilma Rousseff do Plano Nacional de Educação (Lei Federal 13.005), em 25 de junho último, o Brasil terá de aplicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, o que significa uma soma anual de R$ 484 bilhões, considerando o PIB de 2013, segundo o IBGE. Hoje, o País investe 5,8% do PIB em educação e, a partir do quinto ano de vigência do plano, isto é, em 2019, esse investimento terá de ser de 7%, alcançando os 10% no final da vigência do plano, em 2024.
Com os 5,8% que já investe na educação, o Brasil desponta como um dos países que mais investem no setor. Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, publicada em 5 de junho, “entre os países com maior peso na renda mundial, reunidos no G-20, os desembolsos com a educação variam de 2,8%, na Indonésia, a 6,3% do PIB no Reino Unido, de acordo com a ONU”. Ou seja, o Brasil já está próximo do topo do investimento e, com os 10% do PIB para a educação, tende a se isolar na liderança entre as grandes economias, ficando atrás apenas de nações diminutas, como Lesoto, que lidera investindo 13% do PIB, ou de Cuba, cujas estatísticas sociais – jamais fiscalizadas a sério pela ONU – são tão confiáveis quanto uma nota de 3 reais.
O comprometimento desse porcentual do PIB no ensino foi a grande bandeira da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, liderada pelo ex-líder estudantil Daniel Cara, com uma vasta rede de apoiadores nacionais e internacionais, que vão desde a ONG ActionAid, presente em mais de 40 países, até a Unesco e o Unicef, organismos da ONU para a educação, a cultura e a criança, passando pela Open Society do megainvestidor Georges Soros. Essa medida irá salvar a educação brasileira? A resposta é não. Nas condições em que se encontra o ensino no País, investir 10% do PIB em educação é quase jogar sal em carne podre. E uma das razões para se considerar esse gasto um desperdício e não um investimento é, sem dúvida, o viés ideológico da educação brasileira.
O próprio Plano Nacional de Educação é um sintoma da doutrinação que impera nas escolas do País, tanto públicas quanto privadas. A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que sustentou a luta pela aprovação do plano e dos 10% do PIB, é muito mais do que a face de Daniel Cara, fartamente entrevistado pela imprensa como líder do movimento. Seu comitê diretivo conta com 11 entidades, entre elas o Centro de Cultura Luiz Freire, um grupo de esquerda radical de Pernambuco, sediado em Olinda, que defende o controle social dos meios de comunicação, e até o indefectível MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), com 2 mil es­colas em seus assentamentos e a­campamentos, nas quais oferece uma educação à moda cubana, tendo Che Guevara como modelo.
Universidades viraram incubadoras de minorias
Hoje, muitos movimentos sociais não surgem espontaneamente – são fomentados ou até criados pelas universidades, que se tornaram verdadeiras incubadoras de minorias. Na maior parte dos casos, de forma culposa, em decorrência de uma pregação ideológica geral, mas, em alguns casos, de modo doloso, por meio da organização institucional desses movimentos, que contam até com financiamento público, geralmente com verbas destinadas à pesquisa e à extensão universitária.
É o caso, por exemplo, do Centro de Difu­são do Comunismo da Uni­ver­si­dade Federal de Ouro Preto (MG), um programa de extensão vin­culado ao Curso de Serviço Social da universidade, que oferecia bolsas de pesquisas para os alunos participantes de suas atividades de militância política contra o capitalismo.
Apesar de declarar que “não é um programa acadêmico com objetivos político-partidários”, o Centro de Difusão do Comunismo afirma que seu objetivo é “desenvolver o trabalho de ensino, pesquisa e extensão a partir da perspectiva da classe trabalhadora – do ser social que trabalha e é explorado – e lutar por uma sociedade para além do capital!”. O próprio nome não poderia ser mais expressivo: em vez de um “grupo de estudos” do marxismo, como muitos que pululam dentro das universidades pelo País afora, trata-se de um “centro de difusão” do comunismo, o que revela o seu papel de militância política e não de estudo apenas teórico.
Diante desse aparelhamento político da universidade, um advogado de São Luís do Maranhão, Pedro Leonel Pinto, entrou com uma ação popular contra o centro comunista e conseguiu que a Justiça Federal suspendesse o custeio de suas atividades por parte da Universidade Federal de Ouro Preto, que ficou impedida de fornecer professores e disponibilizar suas dependências para as atividades do centro. Todavia, a única medida que deve ter surtido efeito prático foi a suspensão do pagamento das bolsas de extensão para os ativistas do centro, pois a pregação comunista continuou dentro da própria universidade, a despeito da decisão da Justiça.
De 24 de abril a 10 de julho último, por exemplo, o Núcleo de Estudos Marxistas da Federal de Ouro Preto, vinculado ao CNPq, promoveu um encontro sobre a obra do marxista húngaro István Mészáros, realizado nas dependências do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da universidade. Nos cartazes de divulgação das palestras aparece a frase: “Em apoio ao Centro de Difusão do Comunis­mo”. No mês de maio, também nas dependências do instituto, foi realizado um “Encontro com os Traba­­lhadores”, envolvendo quatro sindicatos, promovido pelo Curso de Serviço Social em apoio ao Centro de Difusão do Comunismo. No cartaz de divulgação do evento, uma frase desafiadora: “Ação judicial nenhuma vai impedir nossa luta ao lado dos trabalhadores”.
Minorias com verbas milionárias
Não se trata de um caso isolado, mas de uma tendência. Pelo Brasil afora, núcleos de estudantes de pós-graduação ou graduandos com bolsa de iniciação científica engrossam as fileiras de movimentos como a Marcha das Vadias, a Marcha da Maconha, o Movimento Passe Livre e os black blocs, geralmente associando a militância política com as atividades discentes. O movimento gay, o movimento negro e o movimento feminista são os que mais se beneficiam da doutrinação ideológica que impera nos meios acadêmicos. Hoje, na área de humanidades, não faltam linhas de pesquisa destinadas aos estudos de raça e de gênero, que se tornaram até mais atraentes do que os estudos de classe das velhas gerações do marxismo ortodoxo, calcado no materialismo histórico-dialético.

O próprio movimento negro, que tem raízes numa luta justa contra o racismo, especialmente nos Estados Unidos, adquiriu contornos claramente artificiais, chegando a ser ele próprio segregacionista ao tratar o branco como inimigo e o mulato como um ser desprezível, que só é digno de respeito caso se assuma como negro. No excelente livro “Uma Gota de Sangue”, o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli disseca a criação artificial de minorias pelo mundo afora, num levantamento à altura dos estudos do economista norte-americano Thomas Sowell, que, analisando as ações afirmativas de países como Estados Unidos, Índia, Ni­gé­ria, Sri Lanka e Malásia, de­monstra a ineficácia das políticas pú­blicas que visam a emancipar as mi­norias e, no mais das vezes, acabam produzindo injustiças e conflitos.
E o que é mais grave: muitas dessas minorias só tomam consciência de si, criando uma história que nunca tiveram, por meio do discurso ideológico produzido nas universidades e fomentado com recursos de poderosas fundações privadas, como a Fundação Ford. De­métrio Magnoli descreve esse fenômeno: “Diferentemente das nações, que emanam de um processo complexo de fabricação de uma história, uma literatura e uma geografia, as ‘minorias’ da globalização emergem apenas de uma postulação étnica superficial. Nações podem até ser interpretadas como imposturas, mas são imposturas nas quais o povo acredita. As ‘minorias’, em contraste, são imposturas nas quais nem mesmo os impostores acreditam”.
Para Demétrio Magnoli, as elites multiculturalistas que formam essas minorias artificiais “não precisam de apoio popular, pois a sua legitimidade se conquista nos salões suntuosos das instituições internacionais”. O autor mostra que só a Fundação Ford destinou 280 milhões de dólares, em 2001, para criar programas de pós-graduação voltados para a formação de “lideranças emergentes de comunidades marginalizadas fora dos EUA”. Segundo outras fontes, de 1962 a 2001, a Fundação Ford investiu só no Brasil 347 milhões de dólares, em valores corrigidos pela inflação. Magnoli afirma que “as subvenções da Fundação replicaram nas universidades brasileiras os modelos de estudos étnicos e de ‘relações raciais’ aplicados nos EUA e consolidaram uma rede de organizações racialistas que começaram a produzir os discursos e demandas dos similares norte-americanos”.
Atentado à dignidade humana
Ora, se até o histórico movimento negro já está perdendo suas raízes legítimas e se tornando um engenho ideológico da academia, o que dizer de movimentos sem qualquer lastro histórico, como a Marcha das Vadias? Tanto no Canadá, onde teve origem, quanto no Brasil, que imita tudo, essa marcha é pura consequência dos estudos de gênero que se disseminaram pelas universidades de todo o mundo. Vá lá que, em metrópoles como São Paulo ou Nova York, onde existem tribos para todos os gostos, esse tipo de marcha pudesse surgir espontaneamente (e nem isso ocorre). Mas o que dizer da modesta cidade de Jataí, no interior de Goiás, com seus 93.759 habitantes? Lá, a “Marcha das Vadias” só existe porque conta com o apoio do Campus UFG, por meio de um grupo de extensão sobre gênero, direitos e violência.
O extremismo ideológico que grassa nas universidades pode chegar ao ponto de destruir a própria dignidade humana, equiparando-se aos experimentos de Joseph Men­gele no ápice do terror nazista. Em 29 de maio último, os alunos do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense, como parte da disciplina chamada “Corpo e Resistência”, promoveram no Campus de Rio das Ostras o evento “Xereca Satânica”, em que, a pretexto de denunciar o alto índice de estupro, uma mulher teve a vagina costurada no meio da festa. Depois que o evento foi denunciado na grande imprensa, a Polícia Federal chegou a abrir inquérito para apurar responsabilidades, mas provavelmente a investigação não dará em nada, esbarrando na apregoada liberdade estética de seus promotores.
Mais espantoso do que o próprio evento foi a defesa que se tentou fazer dele. O coordenador do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense, Daniel Caetano, graduado em Cinema e doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade, explicou que a mulher que teve a vagina costurada integra um coletivo de Minas Gerais que foi ao Rio especialmente para participar do evento. E acrescentou: “É um coletivo que está habituado a fazer performances como a que aconteceu, feitas para chocar a sensibilidade das pessoas e fazê-las pensar sobre seus próprios limites”. Ora, se é para testar limites, que se acabe com a tal Comissão da Verdade e se contratem torturadores da ditadura para fazer performances nas universidades.
Daniel Caetano foi ainda mais longe, afirmando taxativamente: “Embora não tenham sido feitos ‘rituais satânicos’ e o título do evento fosse essencialmente provocativo (ao contrário do que o jornalismo marrom afirmou), precisamos dizer que não haverá de nossa parte qualquer censura a atos do gênero”. E desafiou: “Qualquer pessoa em cargo público que porventura se posicionar contra a performance será por nós inquirida acerca de suas atitudes prévias contra os estupros em Rio das Ostras”. Engraçado é que essa gente, quando se trata de combater criminosos armados, sempre fica contra a polícia, alegando que violência não se combate com violência. Mas na universidade ensina a combater o estupro estuprando – o corpo, a inteligência e a dignidade humana.
Efeitos negativos na educação básica
Mas engana-se quem pensa que essa ideologia destrutiva fica restrita às universidades e afeta apenas a qualidade do ensino superior. Ela tem graves consequências na sociedade, especialmente em áreas como saúde e educação. Esse tipo de ativista, até por integrar coletivos ideológicos, participando de amplas redes de relacionamento acadêmico, acaba fazendo especialização, mestrado, doutorado e se tornando autoridade pedagógica, indo pontificar na educação básica sobre gênero, minorias, exclusão. Em que outro lugar um especialista em costurar vagina e teorizar sobre isso arranjaria trabalho? Só mesmo nas Secretarias de Educação, onde poderá pontificar sobre teoria de gênero e “heteronormatividade burguesa”, coordenando a distribuição de camisinhas e kit gay.
Agora pensem quantas camisinhas não dá para distribuir nas escolas com 10% do PIB para gastar? É por isso que, antes de se investir essa fabulosa soma de recursos na educação, seria preciso combater a doutrinação nas escolas. É evidente que o conhecimento não é absolutamente neutro e o professor ou o autor de um livro, na relação com seus alunos e leitores, fatalmente há de misturar alguma crença pessoal em meio aos fatos que leciona. Mas justamente por reconhecer essas limitações humanas, é que a ciência sempre se esforçou para criar métodos que afastassem ao máximo a inevitável subjetividade do indivíduo – e a educação, que serve à ciência e dela se serve, tam­bém esposou esse mesmo prin­cípio, inculcando no mestre a necessidade de cultivar a imparcialidade.
Mas, hoje, ocorre o contrário: ancorando-se em pensadores como o pedagogo Paulo Freire e o filósofo Michel Foucault, o ensino se tornou um instrumento das mais diversas lutas políticas, transformando as escolas num feirão de experimentos de gueto, em que cada minoria julga-se no direito de ter o seu português, a sua matemática, a sua história, a sua geografia, a sua literatura, dilapidando o patrimônio comum que tornou possível o surgimento das grandes civilizações ao longo da história.
Seminário contra a doutrinaçãoFelizmente, já surgem reações a essa destrutiva politização do ensino. Exemplo disso é a ONG Escola Sem Partido, fundada e coordenada pelo jurista Miguel Nagib, à frente de um grupo de pais e alunos que lutam contra a doutrinação nas escolas. Além do blog que leva seu nome e acumula dezenas de estudos de caso de doutrinação, a ONG realizará na próxima quinta-feira, 24, em Brasília, o I Congresso Nacional so­bre Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas, em parceria com a Federação Nacional das Escolas Particulares. O evento será sediado no Colégio Ciman, em Brasília, e terá transmissão ao vivo pela internet, no site da Fenep. O filósofo Olavo de Car­valho será um dos palestrantes, por videoconferência, diretamente dos Estados Unidos, onde reside.
Um fato que chama a atenção no seminário é a presença de professores universitários com doutorado, numa prova de que a fortaleza ideológica da esquerda no ensino superior não é inexpugnável. Luís Lopes Diniz Filho é doutor em Geografia pela USP, professor do Depar­tamento de Geografia da UFPR e autor dos livros “Funda­mentos Epistemoló­gicos da Geografia” (2009) e “Por uma Crítica da Geografia Crítica” (2013). Bráulio Porto de Matos é professor da Faculdade de Edu­cação de Brasília, mestre e doutor em sociologia pela UnB e pós-doutor pela University of Sussex, além de autor de “Pedagogic Authority and Girard’s Analysis of Human Vio­lence” e co-autor de “A Pós-Gra­du­ação no Brasil – Formação e Tra­ba­lho de Mestres e Doutores no País”.
O medievalista Ricardo da Costa é professor do Depar­ta­mento de Teoria da Arte e Música da Uni­ver­sidade Federal do Es­pí­rito e doutor pelo Institut Su­perior d’Investigació Coope­ra­tiva Ivitra. Trajano Sousa de Melo é promotor de Justiça do Minis­tério Público do Distrito Federal e Territórios. Ana Caroline Cam­pagnolo é mestranda em História na Universidade do Estado de Santa Catarina e foi professora de História na rede de ensino pública e privada de seu Estado. Miguel Nagib é advogado e o idealizador de tudo isso. Este que vos escreve completa o quadro de palestrantes. E levo comigo Durkheim, que profeticamente alertava: “De que serviria uma educação que levasse à morte a sociedade que a praticasse?”.


Publicado no Jornal Opção.

José Maria e Silva é sociólogo e jornalista.

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