17 janeiro 2015

Sem funcionários, mausoleu de Sarney é fechado.

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) exonerou todos os servidores comissionados da Fundação da Memória Republicana, local que abriga um acervo de documentos, homenagens e presentes recebidos por José Sarney no período em que foi presidente da República (1985-1990).

Com o corte dos funcionários, oficializado no dia 02 de janeiro por meio de decreto assinado por Flávio Dino, o "Museu Sarney", como é conhecido, fechou suas portas nesta sexta-feira (16).

A presidente da instituição e ex-chefe da Casa Civil no governo Roseana Sarney (PMDB), Anna Graziella Costa, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que não tem condições de manter em funcionamento o local sem funcionários. Foram 48 servidores contratados sem concurso público exonerados com uma só canetada. O museu é um órgão ligado à Secretaria de Estado de Cultura.

Criada pelo próprio Sarney como entidade privada, a fundação foi estatizada em 2011 por iniciativa da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, filha do ex-presidente. Com a estatização, para ganhar ares de "interesse público", a Fundação José Sarney mudou de nome, passando a ser denominada de Fundação da Memória Republicana.

Situado no Convento das Mercês, construído no século XVII, o "Museu Sarney" findou a semana com os portões fechados. E nada indica que voltará a ser aberto. E se voltar, provavelmente será com outro nome ou com outro conteúdo, já que a disputa política pela memória no Maranhão está apenas começando.

Assunto este que será abordado em artigo específico no Blog do Hugo Freitas.

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