21 outubro 2015

Comissão em defesa do transporte público reúne com direção da VBL

A greve de trabalhadores da Viação Branca do Leste (VBL) já dura mais de 15 dias, porque segundo eles, há atrasos no pagamento dos salários e do vale-alimentação. O vereador professor Carlos Hermes (PCdoB) sugeriu na Câmara Municipal que fosse criada uma comissão para dialogar sobre esse impasse e na tarde da última dessa terça-feira (20) houve uma reunião com o diretor da Viação Branca do Leste (VBL), Denis Policarpo, para tratar das condições dos funcionários. A comissão é formada por vereadores, entre eles, Carlos Hermes e Adonilson Lima; representantes dos motoristas e do Movimento Pelo Transporte Público.

O vereador Carlos Hermes tem escutado os trabalhadores e os usuários do transporte sobre as consequências da paralisação das atividades e destacou que é necessário buscar respostas urgentes para solucionar o problema. “São pais de famílias que precisam trabalhar e receber os salários para levar alimento para dentro de casa. São os cidadãos que dependem do transporte que estão sendo prejudicados, também. Não estamos procurando culpado A ou B, queremos que esses trabalhadores recebam seus salários, e vamos lutar por isso”.

Ele destacou ainda as lutas em prol de um transporte público de qualidade no município “Esse é um desafio permanente. Lutamos para renovação da frota, por garantia dos direitos de estudantes e deficientes físicos, entre outros. Nós tivemos avanços, mas, ainda precisamos melhorar muito. Não tenho nada pessoal contra a empresa e seu proprietário, mas eu tenho contra todo tipo de descaso com o povo de Imperatriz”.

Segundo levantamento da VBL, em Imperatriz, atualmente, são 18 linhas de ônibus e a cidade tem condição para transportar 30 mil passageiros, porém, apenas 7 mil são transportados, porque os demais são divididos entre os serviços de transporte irregulares na cidade. “São mais de 600 transportes clandestinos na cidade, que levam mais da maioria dos passageiros da cidade e, infelizmente, não há fiscalizações em relação a isso. Enviamos inúmeros ofícios à Setran cobrando fiscalização, mas, não foram atendidos”.

Diante da situação, o diretor da empresa disse que vai pedir a quebra de contrato com a prefeitura, porque não tem como manter a frota. “Eu fico se tiver condição de pagar meu funcionário em dia, pagar o diesel, manter meus carros limpos e ter ruas para trafegar, mas, não é isso que está acontecendo. Tivemos nossas falhas, mas, fizemos tudo o que podia para melhorar”.

A comissão fará outra reunião com representantes do Município e de outros órgãos da cidade para discutir sobre o repasse dos subsídios, oriundos que de passagens dos estudantes e outros, que de acordo com a VBL, não estão sendo feitos ao longo de anos. Para receber esse recurso e pagar os salários atrasados, a empresa entrou uma liminar na Justiça, porém, há um impasse porque tem outra liminar que determina o pagamento de dividas trabalhista antiga, da gestão anterior da empresa.

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