17 novembro 2016

NADA PARA IMPERATRIZ: Promotor revela como Governo do Estado torrou quase 10 milhões de repasse da SUZANO.

Passou quase despercebido, apesar da apresentação ter sido entregue pela SEMA (Secretaria de Meio Ambiente do Estado) ao promotor do Meio Ambiente em Imperatriz, Jadilson Cirqueira, que por sua apresentou o relatório demonstrando que, apesar de os prejuízos ambientais estarem ligados a região da implantação da Industria SUZANO (Região Sul do Estado), e os povoados que estão ao longo da Estrada do Arroz, em Imperatriz, os repasses que foram destinados ao Estado de contrapartida da Industria, nenhum centavo dos mais de 10 milhões foram aplicados em Imperatriz, cidade sede da SUZANO e a região que recebe a carga da produção sobre o meio-ambiente.

Justificando os gastos, o Secretário Estadual de Meio Ambiente enviou uma planilha especificando cada valor, como os quase 200 mil reais com manutenção de veículos, mais de 100 mil com passagens aéreas e 250.000,00 com Plano de Combate ao fogo no Parque Estadual de Mirador.

Veja abaixo a planilha completa: 

O titular da Promotoria Especializada em Defesa do Meio Ambiente, promotor Jadilson Cirqueira se reuniu na última quarta-feira(09),com representantes de entidades da sociedade civil organizada, vereadores e imprensa, para apresentar a planilha de gastos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e recursos Renováveis – SEMA, do recurso da compensação ambiental da Suzano Papel e Celulose.

Promotor Jadilson Cirqueira
O recurso na ordem de R$ 10.289.847,44 foi pago pela Suzano em três parcelas, nos dias 12 de julho de 2013 (R$ 4.115.938,98), 9 de outubro (R$ 3.086.954,23) e 29 de janeiro de 2014 (3.086.954,23). Em seguida o relatório apresenta a forma que ocorreram os gastos da compensação ambiental a partir do mês de julho de 2013, e no ano de 2014, cujas despesas surpreenderam a todos.

De acordo com o relatório foram gastos com eventos, R$ 150.747,50; com serviços de digitalização e organização, R$ 648.200,00, com serviços de modelagem e implantação de sistema, R$ 696.320,00. O documento informa que a empresa responsável pelos serviços de modelagem e implantação de sistema foi responsável pelo Sistema de Gerenciamento de Licenças Ambientais – SIGLA.

O documento alega, ainda que, com a empresa de eventos os recursos foram destinados para as Unidades de Conservação, Educação Ambiental e outras atividades. “E por fim, no exercício de 2013, a contratação dos serviços de digitalização e organização documental, resultou na virtualização dos processos administrativos, bem como as licenças ambientais, as outorgas, os laudos de balnealidade e licenças de supressão vegetal.

Despesas 2014 – Referente ao ano de 2014 foram gastos R$ 100.000,00 com passagens aéreas; R$ 187.125,00 com reparo e manutenção de veículos, R$ 100.000,00 com eventos, R$ 2.571,00 com DPVAT, R$ 73.000,00 com serviços gráficos, R$ 4.897.000,00 com o Sistema de Gestão das Unidades de Conservação, R$ 993.300,00 com convênios (Cachoeira Grande e Bequimão).

Foram gastos ainda, R$ 1.700.000,00 com estudo de biodiversidade; R$ 373.683,62 com reajuste de valor do processo de apoio a CECA, R$ 250.000,00 com Plano de Combate ao fogo no Parque Estadual de Mirador, R$ 90.000,00 com diárias de fiscalização e monitoramento das Unidades de Conservação e R $ 27.900,02, com combustível, perfazendo um total de R$ 8.794.579,94.

Para que um próximo recurso não seja destinado para outra região e até mesmo para outra finalidade, o promotor Jadilson Cirqueira sugeriu a criação de um Grupo de Trabalho (GT), para debater e implementar o Sistema Municipal de Unidades de Conservação de Imperatriz, cujo projeto de lei de autoria do Executivo Municipal será encaminhado à Câmara Municipal para apreciação dos vereadores.

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