O prefeito
calcula que o município já gastou R$ 35 milhões num “investimento sem
retorno"
“Sair do aluguel” - tem sido essa a
linha de conversa do prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, toda vez que o
assunto é o Hospital Municipal, o “Socorrão", que está instalado ha quase
20 anos num prédio alugado, na Rua Benedito Leite, a um custo mensal de mais de
R$ 82 mil reais. “Eu me sinto como aquele cidadão que mora de aluguel, pagando
por uma coisa que não é sua, uma espécie de investimento sem retorno. Paga a
vida inteira e não vai deixar de ser nunca, no sentido literal do termo, um ser
sem teto” - sintetiza o chefe do executivo municipal.
Assis Ramos aumentou essa sua
convicção quando retornou de São Luís, na madrugada de quarta-feira, 23, depois
de um encontro com o governador Flávio Dino, oportunidade em que garantiu um
reforço de caixa para a Saúde de R$ 5 milhões de reais. “O governador entendeu
nossa dificuldade e foi sensível ao apelo que fiz em nome do povo de
Imperatriz. Aos R$ 5 milhões que ele nos deu, eu somo as economias que tenho
feito aqui, com muito sacrifício, e passo a sentir poder e plena capacidade
para passar de inquilino a proprietário. Aí, sim, passaremos a investir no que é
nosso, sem essa de fazer benfeitorias na casa dos outros” - disse o prefeito.
O prefeito já fez as contas e sabe
que o município de Imperatriz, a um custo de R$ 82 mil mensais, já gastou, só
em alugueis, algo em torno de R$ 19,6 milhões reais. “Se considerarmos as
reformas, os puxadinhos, as pinturas e repinturas, os telhados, reforços e
trocas de instalações elétricas e hidráulicas, mais uns R$ 15 milhões nessa
conta de investimento sem volta. Com esses R$ 34 milhões, já teríamos comprado
esse Socorrão mais de 3 vezes”- calcula.
A ideia de Assis Ramos é chamar os
donos do prédio para uma negociação. “Queremos comprar para, a partir daí,
fazer uma grande e definitiva reforma, sabendo que estamos gastando no que é,
de fato, do povo. Imperatriz já não pode continuar tendo seu hospital de
emergência como um indigente, sem teto. Vamos pedir avaliação oficial da Caixa
Econômica Federal para nos assegurarmos de que vamos pagar preço justo,
honrando o discurso de que, conosco o dinheiro do povo vale muito mais”- garantiu.
ASCOM/PMI
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