13 janeiro 2019

Battisti é preso na Bolívia

O italiano foi membro do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), um braço das Brigadas Vermelhas, e foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios entre 1977 e 1979, que ele nega ter cometido.

Após décadas foragido na França e no México, Battisti se instalou em 2004 no Brasil, onde permaneceu escondido até sua detenção em 2007 e sempre foi reivindicado com insistência pela Itália.

O STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou sua extradição em 2009 em uma sentença não vinculativa que deixou a decisão nas mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas este a rejeitou em 31 de dezembro de 2010, último dia de governo do seu segundo mandato.

Sua detenção na Bolívia aconteceu quando estava foragido desde dezembro do ano passado, depois que o STF ordenou sua detenção para extraditá-lo à Itália e o então presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto para isso. O novo presidente Jair Bolsonaro (PSL) também já tinha antecipado sua intenção de extraditá-lo e a notícia da sua detenção foi celebrada pela política italiana.


O ministro do Interior, Matteo Salvini, agradeceu ao presidente Bolsonaro pela colaboração, assim como às autoridades bolivianas, e afirmou que Battisti é "um criminoso que não merece uma vida cômoda na praia, mas acabar seus dias na prisão". "O meu primeiro pensamento vai para os familiares das vítimas deste assassino, que durante tempo demais gozou de uma vida que vilmente tirou de outros, protegido pela esquerda de meio mundo", disse Salvini.

Já o ministro da Justiça da Itália, Alfonso Bonafede, declarou que o foragido "agora será entregue à Itália" para que cumpra sua pena: "Quem se equivoca deve pagar, e Battisti também pagará".

(Com agências internacionais)

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