O assassinato do produtor de TV, José de Ribamar Carvalho Filho, mais
conhecido como "Carvalho", de 48 anos, ocorrido no inicio da noite da ultima
sexta-feira (28), deixou a classe jornalística e a sociedade assustada, - fato
comum quando o crime ocorre com pessoas conhecidas - , mas, que preocupa,
devido, principalmente, pelo crime ter ocorrido no centro da cidade Imperatriz
e bem aos olhos de amigos e conhecidos, que também ocupavam o mesmo local (bar)
em que Carvalho foi brutalmente assassinado.
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Já sem vida, Carvalho é carregado na entrada do Hospital. foto:pinheiro |
O Delegado Regional Francisco de Assis lamentou o ocorrido com Carvalho e informou que a policia já está
investigando desde o momento do crime afim elucida-lo o quanto antes: “Já estamos investigando desde ontem, faremos o
possível para elucidar o crime. Neste momento solicito a ajuda de todos para
que este crime não fique impune. Todos podem ajudar nos repassando informações
que nos leve ao autor”.
Além de produtor, Carvalho era o proprietário e
cinegrafista de programa de Tv que apresentava principalmente questões
policiais.
AMIGOS RELATAM MOMENTO DE PÂNICO
Toda a imprensa de Imperatriz ficou em estado de choque desde a informação do crime e a forma covarde que ele ocorreu. Quem estava presente no momento do crime relatou os momentos agonizantes que antecederam o ato selvagem:
"Meus amigos, não foi um assalto! Carvalho não chegou a reagir. O assassino deixou a moto no esquina, veio andando se fingindo de bebado, quando adentrou no caranguejo da flor ja foi direto no carvalho. - Carvalho ao ver e quem sabe reconhecer o elemento correu, adentrou a casa, foi perseguido pelo elemento, e foi alvejado no quintal da residência onde funciona o caranguejo da flor.
DEMERVAL MORENO LAMENTA MORTE DO AMIGO
PARA UM CARA CHAMADO CARVALHO
O que dizer de um amigo, um ser humano, homem simples, com um desejo imenso de
viver, de ser feliz, de contribuir para que o mundo fosse pelo menos um
pouquinho melhor; e, justo ele, cambaleia baleado, ferido de morte pelo
insensato, pelo maléfico, pelo maldito ladrão da vida, que lhe tomou de assalto
sua existência? O que dizer de um profissional da comunicação que falava com os
olhos, que transmitia o que via, que tinha uma enxergância com rigor, com seu
ver quase inocente, por achar que fazia sempre o retrato de um tempo que não
era o seu? Que através das lentes, de um zoom, de uma objetiva era capaz de
chamar para si o objetivo de esclarecer os telespectadores das acontecências? O
que dizer de um cidadão que carregava em seu nome, na sua identidade nome de
árvore nobre, da natureza em seu estado puro, da preservação das coisas boas da
vida como um regato cristalino que corre para lugares abundantes? Porra, Carvalho,
velho amigo! A vida era bem mais bacana com você nela. Quem vai entender tudo
isso? Aqui do coração da floresta, olho a vida hoje com olhos embaçados. Sua
perda causa uma dor estranha. Talvez por causa da forma como interromperam seu
fôlego de vida; talvez por saber que, como sempre, daqui a pouco você será só
uma imagem indelével esmaecente no seio da sociedade, ainda que perene em
nossos corações amigos. Doloroso tudo isso, irmão. Nós, profissionais do
jornalismo, não nascemos para ser notícia. A gente deveria desapatecer aos
poucos, levados pelo tempo, pela idade, pelo uso e abuso da vida. Não assim,
dessa forma. Que Deus te receba no Céu dos Cinegrafistas, e que você se encante
com as imagens jamais registradas por câmara alguma. Essas imagens que a eternidade
deve ter. Boa viagem, amigo. Até um dia...
seu brother, Demerval Moreno.