16 agosto 2010

Presidente do Irã e amigo do Lula, rejeita sua proposta.


Mahmoud Ahmadinejad disse "que não há necessidade de criar problemas para o presidente brasileiro"

A iraniana Sakineh
A iraniana Sakineh (Reprodução)
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por adultério e assassinato, não será enviada ao Brasil, de acordo com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Ele afirmou, nesta segunda-feira, que “não há necessidade de criar problemas ao presidente brasileiro”. Luiz Inácio Lula da Silva havia oferecido asilo à Sakineh, durante um comício, no final de julho.
Em uma entrevista exibida pela rede estatal Press TV, Ahmadinejad afirmou que o chefe do poder Judiciário de seu país também não concorda com a proposta brasileira de asilo. Outras autoridades iranianas já haviam indicado que não aceitariam entregar Sakineh. Em 3 de agosto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que "Lula tem um temperamento muito humano e emotivo e provavelmente não recebeu informações suficientes sobre este caso".
Lula - O presidente brasileiro propôs que o Brasil recebesse Sakineh, durante um comício, em Curitiba, em 31 de julho. “Se minha amizade com o presidente do Irã e o respeito que tenho por ele vale alguma coisa, se esta mulher está causando desconforto, então vamos recebê-la aqui de bom grado”, disse ele na ocasião. A oferta foi feita, no entanto, dias depois de Lula ter afirmado que não interviria no caso porque “se um país passa a desobedecer suas leis para atender a pedidos de outros líderes, poderia ocorrer uma avacalhação".
Sakineh - A iraniana, de 43 anos, foi condenada em 2006 por ter mantido "relações ilegais" com dois homens depois da morte do marido. A sentença de apedrejamento provocou uma onda de indignação em todo o mundo e foi suspensa temporariamente. Para aplacar a pressão internacional, o governo iraniano acrescentou a acusação de homicídio contra Sakineh.
Em 11 de agosto, a televisão estatal do Irã exibiu um vídeo em que uma mulher - com o rosto coberto por um xador - declarou-se culpada dos crimes. Contudo, o advogado de Sakineh disse que a confissão havia sido feita sob tortura. No último sábado, a Justiça iraniana adiou em mais uma semana a decisão sobre o destino dela e pediu novas informações sobre o caso.

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