25 setembro 2012

Triste Fim de Policarpo Quaresma: Há duas semanas para eleições, Carlinhos Amorim dispensa marqueteiro e campanha pode ficar à deriva

Clayton Noleto, vice na chapa de Carlinhos,
tenta direcionar novo rumo a campanha
(Foto: Pinheiro)

Pontuando em todas as pesquisas com número abaixo do esperado, o candidato a prefeito Carlinhos Amorim (PDT) começa a viver um clima ainda mais tenso às vésperas do dia sete de outubro, tendo que dispensar o marqueteiro da campanha Fernando Kerr. O “carioca”, como é chamado nos bastidores, não conseguiu empregar uma linguagem de aproximação de Carlinhos com o eleitor. Sem foco, o programa eleitoral patinava nas propostas e a comunicação da campanha de um modo geral não conseguiu definir se Carlinhos assumia ou não um novo perfil político. 
Apenas uma força hercúlea faria Carlinhos reagir, no mínimo pontuar em segundo, para assim criar uma possibilidade de se viabilizar politicamente ao lado de Flávio Dino (PCdoB) para 2014, salvando antes de tudo seu mandado de deputado estadual. Segundo as pesquisas, hoje, Carlinhos não chegaria aos 10 mil votos, um número muito pouco para quem deixou um grupo político consolidado, se expôs e sacrificou sua vida política em nome de um projeto de oposição. É um inferno astral político que se avizinha tal qual amarga o ex-prefeito Jomar Fernandes (PT) e o ex-deputado João Batista. 



Faltando cinco programas e contrariando a coordenação da campanha, o vice na chapa de Carlinhos, Clayton Noleto (PCdoB), tentou trazer novamente o jornalista Marcos Franco para a comunicação da campanha. Franco fora rifado logo no inicio por Jean Carlo, que centralizou os passos do candidato pedetista. O experiente jornalista dispensou o convite, primeiro porque está atuando em Timon na campanha de Luciano Leitoa (PSB) e, segundo, teria dito a um interlocutor que ele (Carlinhos) não tem mais fôlego para fazer algo mais, apenas tentar buscar se qualificar para ser o nome de oposição ao grupo de Roseana na cidade e ser recompensado em 2014 de alguma forma. 

O raciocínio é válido, mas intangível. Sem densidade eleitoral e com sua inerente lentidão em tomar decisões, Carlinhos dificilmente assumirá essa tarefa. Como no romance de Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma, ele tem que superar primeiro o abismo existente nas pessoas que lhe cercam, preocupada com seus interesses pessoais. Depois, encontrar em si um idealismo palpável e, romper sua sina de vida comum.

Por Samuel Sousa

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