02 março 2012

Explodiu: Crise entre PMDB e PT fazem aumentar desgaste de Dilma


DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
Explodiu mais cedo do que se imaginava a insatisfação latente entre os aliados do governo com a percepção de que são apenas linhas auxiliares na construção do projeto hegemônico do PT, assunto abordado aqui a partir de entrevista do líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto, na qual deixava patente o papel secundário dos parceiros de aliança.
A reação surgiu na forma de um manifesto assinado por mais da metade da bancada do PMDB na Câmara reclamando da relação "injusta e desigual" com o PT.
O documento refere-se ao tratamento diferenciado dado aos petistas no governo na comparação com outros integrantes da base de sustentação, tem algum caráter de pressão fisiológica, mas na essência alcança razões mais profundas.
São compartilhadas por todos os demais partidos da coalizão governamental, mas explicitadas pelo PMDB que, até pelo peso e pelo fato de ocupar a Vice-Presidência da República, acaba funcionando como uma espécie de porta-voz da revolta geral.
Se a ópera pudesse ser resumida numa frase, seria a seguinte: o PMDB cansou de ser periferia. Percebeu que estava melhor quando não submetido à obediência decorrente da ocupação da Vice-Presidência da República e concluiu que fez um mau negócio.
A contrariedade emerge de um motivo pragmático: o risco iminente à sobrevivência do partido.

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