31 março 2017

Extra! Vereadores querem livrar a ponte de suicidas.

Esse tema é mais sério que o título, porém, esse titulo escolhido de forma proposital, teve o objetivo de chamar a atenção para a questão que foi vista pelo ângulo errado pelo parlamento.

 Exatamente por isso que este foi, 'o maior debate dos últimos tempos travado entre o desejo insano de tentar livrar a ponte dos suicidas e/ou simplesmente filmas esses desastres'.

A construção de uma grade, proposta pelo vereador Alberto Sousa e a ideia de colocar uma câmera para flagrar tentativas de suicídios, na visão do vereador Ricardo Seidel, poderia livrar a ponte desses suicidas, mas nunca atracaria nas razões que levam um ser humano a tirar a própria vida. 

As sugestões dos dois parlamentares de Imperatriz, que tentam encontrar soluções a grande quantidade de suicídios que ocorrem na ponte Dom Afonso, que liga o Estado do Tocantins ao Maranhão, em Imperatriz, poderia ter sido um dos debates mais importantes já tratado neste ano pela nova legislatura, porém, se tornou um dos mais desastrosos. - O debate ignorou as causas e se ateu a ponte.

Em tese, as propostas tenta livrar a ponte dos suicidas e cometem o erro de debater algo tão sério sem verificar, por exemplo, os dados, o que leva a pessoa ao ato de tirar a própria vida e como os melhores cientistas tentam encontrar soluções para este problema, levando em conta que as razões não são tecnicas (como criar barreiras) , mas psicológicas. Sendo assim, a pessoa que decide tirar a própria vida não precisa exatamente da ponte para chegar ao seu objetivo.

Elevar grades na ponte ou colocar sistemas de segurança seja ele qual for, vai livrar apenas a ponte de ser lembrada por um local de encontro entre o suicida e seu desejo de tirar a propria vida. 

Debater a criação de Centro de tratamento com psicologos e especialistas para tratar de pessoas propensas a cometer tal ato. Informar à sociedade como identificar os sintomas de depressão na familia (considerado o principal motivador do suicidios, atualmente), as mudanças de comportamentos etc... Este é o debate.


Vejamos algumas informações cientificas sobre o assunto:

As estatísticas mostram que o suicídio precisa, sim, ser discutido. Trata-se, além de uma expressão inequívoca de sofrimento individual, de um sério problema de saúde pública. Segundo o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 804 mil pessoas se mataram no ano 2012 em todo o mundo – uma taxa de 11,4 para cada 100 mil habitantes. Isso significa um suicídio a cada 40 segundos. A “violência autodirigida”, como o suicídio é classificado pela OMS, é hoje a 14ª causa de morte no mundo inteiro. E a terceira entre pessoas de 15 a 44 anos, de ambos os sexos. 

Há suicídios e suicídios. Por isso, os especialistas costumam avaliar a tentativa de se matar ou o ato propriamente dito a partir de duas variáveis: a intencionalidade e a letalidade. (se não for a ponte, será por outro meio)

Dados da OMS indicam que o suicídio geralmente aparece associado a doenças mentais – sendo que a mais comum, atualmente, é a depressão, responsável por 30% dos casos relatados em todo o mundo. 

O alcoolismo responde por 18% dos casos de suicídio, a esquizofrenia por 14% e os transtornos de personalidade – como a personalidade limítrofe e a personalidade anti-social – por 13%. Os casos restantes são relacionados a outros diagnósticos psiquiátricos.

Estudos de autópsia psicológica (feitos com base em entrevistas com amigos, familiares e médicos do suicida) mostram que mais de 90% das pessoas que se mataram no mundo tinham alguma doença mental. 

(Fonte: revista super interessante/ Maria Fernanda Vomero access_time 31 dez 2002, 22h00 - Atualizado em 31 out 2016, 18h47)

O Tema é importante, agora é preciso se preocupar menos com a ponte e se preocupar com as pessoas e as razões que levam a tal ato.


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