12 dezembro 2021

“É melhor evitar o Réveillon para não ter mais restrições no futuro”, diz Carlos Lula

 

O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, defendeu o cancelamento de festas de virada do ano por parte dos municípios. A declaração foi feita na 3ª feira (7.dez.2021) em entrevista ao Poder360.

Eventos de ano novo tem sido cancelados no Brasil desde a descoberta da variante ômicron do coronavírus. Há indícios de que a cepa seja mais transmissível. “É melhor evitar o Réveillon, para podermos não tomar medida mais drástica no futuro“, declarou o presidente do Conass.

Assista à entrevista Carlos Lula ao Poder360 (18min34s):

Outra estratégia para combater a ômicron é a redução do intervalo para aplicar da dose de reforço. O Ministério da Saúde orienta que o período seja de 5 meses. São Paulo, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte determinaram que seja de 4 meses. O presidente do Conass avalia que mais Estados devem anunciar a medida. Afirmou haver doses para isso.

“Principalmente em relação ao Norte e Nordeste temos um período de síndrome respiratória no início do ano. É diferente do Sul e Sudeste”, declarou. Além de comandar o conselho, Carlos Lula também é secretário da Saúde do Maranhão, um dos Estados com picos de doenças respiratórias no início do ano. “Eu preciso ter a proteção da minha população nesse momento para que não tenhamos nenhum recrudescimento de casos“, disse.

Apesar da ​​ômicron, o secretário disse que o Estado ainda não cogita voltar a exigir máscaras ao ar livre. “Mas avaliamos a medida semana a semana. A qualquer indicador de aumento de casos, voltaremos atrás”.

Por causa da descoberta da variante na África, continente com baixa cobertura vacinal, ele também defendeu a importância de doar doses para outros países.

Afirmou que a doação precisa partir do governo federal, por causa deste ser o ente responsável pelas negociações diplomáticas. “Aparentemente, o ministério quer fazer esse gesto. Segundo me foi relatado, estaria sendo minutada a Medida Provisória para essa finalidade”, declarou. Segundo ele, caso o governo não faça a doação, os próprios Estados agiriam.

Disse que municípios estão devolvendo vacinas “porque já não encontram pessoas que queiram ser vacinadas”. Seria um “equívoco” deixá-las vencer. “O mundo precisando de vacinação e deixarmos vacinas perderem a validade no país”.

O presidente do Conass ainda disse que os percentuais menores de vacinação em alguns Estados se devem falta de acesso à internet. “Tem um delay, sobretudo no Nordeste, porque há muitas Prefeituras que não possuem internet e a ficha da vacinação é feita à mão e só depois registrada no sistema do Ministério da Saúde”, disse.

leia a entrevista aqui 

Nenhum comentário:

Postagem em destaque

Deputada Edna Silva cobra resposta imediata da Delegacia de Buriticupu sobre mais de 90 casos de abuso sem solução

A deputada estadual Edna Silva utilizou nesta quinta-feira(15), a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão nesta semana para cobrar urg...