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foto: jone Canaré após ser atingido por 2 tiros |
Ministra dos povos indigenas esteve no Maranhão para tratar sobre crimes contra índios na mesma região.Dois homens (brancos) invadiram a aldeia Indijena Toaryzinho - etnia Guajajara, no municipio de Arame e atiraram contra o indígena Jone Canaré, filho do cacique da mesma aldeia. Outro homem que estava no mesmo local também foi atingido. A tentativa de homicídio ocorreu nesta quinta-feira, 23, por volta de 19 horas.
Liderança indigena e esposa do cacique da mesma aldeia, Erica Nogueira Guajajara, chamou o caso de genocídio. Não podemos aceitar que mais um caso ocorra dentro da área indígena e as autoridades não tomem providencia. "Isso é um genocídio contra índios", disse.
As duas vítimas foram levadas a principio para o hospital de Arame e em seguida foram transferidos para o hospital Geral da cidade de Grajaú.
A aldeia Toaryzinho faz parte da reserva Arariboia, mesma onde ocorreu o crime contra o funcionário da Sesai em janeiro deste ano.
Crimes contra índios na região_
No dia 9 de janeiro dois indios foram vítimas de tentativa de assassinato, quando caminhavam perto de suas casas, próximo ao município de Arame, no Maranhão, na Terra Indígena Arariboia.
Nos últimos 6 meses, três outros indígenas guajajara foram assassinados na mesma região. Em 3 de setembro de 2022, Janildo Oliveira Guajajara foi morto a tiros, em um ataque que também feriu um adolescente de 14 anos. No mesmo dia, Jael Carlos Miranda Guajajara foi assassinado em um atropelamento. Uma semana depois, no dia 11 de setembro, na estrada que leva ao povoado Jiboia e que fica perto dos limites da TI Arariboia, Antônio Cafeteiro Sousa Silva Guajajara foi morto com seis tiros.
No último dia 11 de fevereiro a ministra dos povos indigenas, Sônia Guajajara, esteve em audiencia publica na cidade de Imperatriz para tratar sobre os casos de violência contra indios no Maranhão. Com a presença de autoridades do governo do Estado, e o vice-governador Felipe Camarão, se comprometeram com "encaminhamentos praticos" para conter o genocídio, apesar dos discursos bem ensaiados e diplomáticos (veja vídeo) até o momento nada foi feito, segundo pessoas ligadas aos povos atacados.
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