A morte do ex-prefeito de Davinópolis, Ivaniildo Paiva, ocorrida no ano de 2018 em sua chácara, é um dos capítulos mais repugnantes da história de Davinópolis, e tão pouco deve ser esquecida.
Rubens Firmo (ou Rubens do Lava Jato), na época com 59 anos, mandante do crime, foi empossado prefeito pela câmara, presidida há época por Coquinho, agora prefeito do município em seu segundo mandato.
Firmo foi preso logo em seguida e ficou PREFEITO PRESO até meados de março de 2020, estranhamente após o segundo biênio do mandato, portanto, estaria aberto o espaço para Coquinho assumir o governo sem que houvesse nova eleição. O afastamento de Firmo, porém, só poderia ter ocorrido pela câmara de vereadores de Davinopolis, mas essa era a que menos tinha interesse na troca da cadeira, e portanto deixou o município viver mais uma vez uma das maiores vergonhas na sua história:
Ter um prefeito acusado de assassinato, preso, afastado, mas prefeito. A trama que envolvia o assassinato de Ivanildo não passava pelas mãos dos vereadores, mas estava aberta a possibilidade de todos subirem de patamar político junto com Coquinho, que viria a se tornar prefeito, o vice-presidente da câmara passaria a presidente – com a vacância do cargo, e a eleição do Coquinho posteriormente. Mas para que Firmo permanece preso e não renunciasse, o que desmancharia a trama, alguém teria que negociar com o criminoso. Dentro ou fora da cadeira, em uma visita de amigos ou de um advogado, é praticamente certo um acordo para que tudo estivesse como se encontra atualmente, e todos os envolvidos fora da cadeia, mesmo sendo culpados, mas não condenados.
Os bastidores dessa trama sanguinária que envolve poder, assassinato, eleição e ascensão, ninguém jamais saberá, e se existirá mais capítulo que os já ocorridos, só o futuro dirá, mas o fato é que a morte de Ivanildo não só beneficiou o mesmo grupo político que até hoje mantém o controle do município, como também a possibilidade de permanência da família Paiva no comando por mais 8 anos, se Coquinho renunciar...
Mas isso é uma outra história.
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