12 agosto 2025

Influencer e mais 7 são indiciados no esquema de jogos de azar no MA

 

A Polícia Civil do Maranhão indiciou nesta segunda-feira (11) oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que operava um sofisticado esquema de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Entre os indiciados está a influenciadora digital Andressa Tainá Sousa, apontada como líder do grupo, que está presa desde o início de agosto por descumprir uma ordem judicial que proibia o uso de suas redes sociais para divulgação das apostas ilegais.

As investigações revelaram uma estrutura organizada em três frentes principais: captação de recursos, lavagem de dinheiro e segurança armada. O núcleo responsável pela captação era formado por Andressa Tainá, seu irmão Otávio Vitor Lima, o ex-namorado Neto Duailibe, além de Isabela Talita Nascimento Gonçalves e Marília Dutra Pinto. Esse grupo tinha a função de promover os jogos e atrair apostadores via redes sociais.

O setor dedicado à lavagem de dinheiro contava com a participação da própria Andressa, seu pai Otávio Filho (conhecido como Baiano), o irmão, o ex-namorado e a advogada Maria Angélica Roxo Lima. Segundo a polícia, eles utilizavam mecanismos para ocultar a origem ilícita dos valores e disfarçar bens adquiridos com recursos ilegais.

Já a segurança do esquema era garantida por um núcleo armado, comandado por um homem identificado como Davi, que tinha o papel de proteger as operações e intimidar possíveis ameaças externas. Faziam parte deste grupo a advogada Maria Angélica e o policial militar Lauanderson Silva Salazar.

O delegado responsável pela investigação, Pedro Adão, destacou que a lavagem de dinheiro envolvia tanto a ocultação direta de patrimônio quanto o uso de terceiros para dificultar a fiscalização das transações financeiras.

Além do indiciamento pelo esquema de jogos ilegais, Maria Angélica Roxo Lima responde por tráfico de influência. De acordo com a apuração, ela exigia pagamentos de Andressa Tainá para oferecer suposta proteção contra investigações policiais, inclusive afirmando ter influência sobre integrantes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC).

Outro ponto levantado pelas investigações foi a existência de uma lista com nomes de autoridades públicas e jornalistas, atribuída a Andressa Tainá, que estariam “marcados para morrer”. No entanto, segundo o delegado, não há evidências concretas de um plano de execução, sendo o documento fruto de conversas particulares e sem qualquer relação com práticas religiosas ou rituais.

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