
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se manifestou por meio de nota na tarde desta quarta-feira (22) a respeito da crise política provocada no estado com a divulgação de áudios envolvendo aliados do ex-governador e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
Os áudios foram apresentados na tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado Yglésio Moyses (PRTB). O material expõe lideranças do grupo que foi construído pelo ex-governador com pressões sobre o Palácio dos Leões.
No documento divulgado à imprensa, Brandão afirma que sofria pressões já antes mesmo do conteúdo dos áudios ser divulgado.
“Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidade com outras forças, falavam abertamente. A quem quisesse ouvir e, eventualmente, até gravar”, enfatizou.
Brandão também afirmou que o governo anterior queria permanecer no comando da gestão, mas ele – como atual chefe do Executivo -, impôs limites, o que desagradou os ex-aliados.
O governador do Maranhão enfatiza que houve reação “insana e agressiva” por parte dos ex-aliados e os acusou de “chantagens e barganhas nada republicanas”.
Ele também afirmou que os ex-aliados tentaram trocar apoio à candidatura em Colinas – no pleito municipal -, em troca da liberação das vagas do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) que estão retidas por decisão do STF e sob a relatoria de Dino.
“Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidade com outras forças, falavam abertamente. A quem quisesse ouvir e, eventualmente, até gravar. O deputado Rubens Júnior me trouxe o recado, uma oferta. Eu apoiaria candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas, e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou na tribuna da Câmara Federal”, disse.
E completou: “Eu não gravei, meu governo não gravou. Eles se fizeram gravar. Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”.
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