16 fevereiro 2021

Brasil tem 16 mil novos casos de câncer de colo do útero por ano

 Brasil tem 16 mil novos casos de câncer de colo do útero por ano

Com desenvolvimento lento, o câncer do colo do útero pode não manifestar sintomas na fase inicial

 

 

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Imagem: divulgação

 

Mesmo sendo uma doença altamente prevenível, os dados ainda são alarmantes: o tumor de colo de útero atinge mais de 16 mil mulheres por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o Inca. Por ser uma doença considerada silenciosa, 35% dos casos acaba levanto a morte de pacientes. Esse tipo de câncer é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papiloma vírus humano, o HPV.

 

Dados do Ministério da Saúde apontam que 75% das mulheres sexualmente ativa entrarão em contato com o HPV ao longo da vida e cerca de 5% delas vão desenvolver o tumor maligno em um prazo de dois a dez anos. Abaixo, os ginecologsitas e obstetras Dr. Domingos e Dra. Erica Mantelli desenvolveram uma espécie de tira-dúvidas com tudo sobre o câncer de colo de útero; considerado o terceiro tumor maligno mais presente nas mulheres.

 

Existem vários tipos de HPV?

Existem mais de 80 subtipos do HPV, os mais perigosos são o 16 e 18, associados com a maior parte dos tumores de colo de útero e da área da vulva, canal anal, pênis dos homens e na região da faringe de homens e mulheres.

 

Qual a melhor forma de prevenção?

 

Vacinação

 

Um dos principais aliados no combate ao problema é a prevenção. Primeiro com a vacinação para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina é incrivelmente eficaz para quem não teve ainda início na vida sexual e contato com o HPV a fim de evitar que essa pessoa desenvolva uma infecção por HPVDepois com exames de rotina como o papanicolau, por exemplo. 

 

 

Papanicolau

 

O Papanicolaou é um exame que pode ser feito durante uma consulta comum ao ginecologista. Ele permite, através da análise microscópica de uma amostragem de células coletadas do colo do útero, detectar células anormais pré-malignas  ou cancerosas. Sua simplicidade não exclui sua importância, visto que é um dos exames mais eficazes quando se fala  de prevenção da saúde da mulher. O tumor em fase inicial não apresenta sintomas, por isso dizemos que o Papanicolaou é um exame preventivo: ele visa detectar as alterações celulares antes mesmo de os sintomas aparecerem. Além disso, a realização desse exame pode ajudar a descobrir a existência de outros males que colocam a saúde da mulher em risco e precisam ser tratados como: infecções vaginais (Tricomoníase, Candidíase etc) e outras sexualmente transmissíveis (Sífilis, Gonorreia, Condilomatose, Clamídia etc).

 

Captura Híbrida

 

A captura híbrida é um exame mais preciso para detectar o vírus HPV, o principal causador da doença.
A detecção precoce por captura híbrida evita um tratamento mais agressivo e quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura do câncer de colo de útero são de quase 100%!  O exame de captura híbrida serve para ajudar no diagnóstico da infecção pelo vírus HPV e deve ser feito por todas as mulheres que tiveram alguma alteração no exame de Papanicolau ou que estejam dentro do grupo de risco de pegar HPV, como aquelas que têm muitos parceiros sexuais.

 

Como é feito o exame de captura híbrida?

 

O exame de captura híbrida é feito através da raspagem de uma pequena amostra do muco vaginal no colo do útero, vagina ou vulva. O material recolhido é colocado num tubo de ensaio e enviado para o laboratório para análise. No laboratório, a amostra é processada por um equipamento semi-automatizado, que realiza as reações e a partir dos resultados obtidos, libera a conclusão laboratorial, que é analisada pelo médico. O exame de captura híbrida não dói, mas a paciente pode sentir algum desconforto no momento da coleta.

 

Quais os sintomas de câncer de colo de útero?

Sangramento vaginal, principalmente depois da relação sexual, dores pélvicas, desconforto abdominal e, nos casos avançados, inchaço na região pélvica.

 

Pandemia X detecção de câncer

 

A pandemia do novo coronavírus acabou afastando as mulheres dos hospitais e clínicas. Com medo de serem contamidas, pacientes estão adiando consultas e exames primordiais para identificação do câncer de colo de útero, que tem 100% de chance de cura se diagnosticado em fase inicial.  Nos Estado Unidos, por exemplo, em três meses, 100 mil casos que deixaram de ser diagnosticados de câncer de colo de útero, de intestino, mama, próstata e pulmão, que são os tumores nos quais há possibilidade de antever o diagnóstico mais tardio. Para as mulheres, a indicação dos especialistas é manter em dia os exames de rotina.

 

 

artigo: Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual CRM-SP 124.315 | RQE 36685 - 

Quem finge vacinar pode pegar até 30 anos de cadeia

 Circulam pelas redes sociais vídeos em que auxiliares de enfermagem são flagrados fingindo aplicar a vacinação contra a Covid-19 em idosos, o grupo mais suscetível à doença. As prefeituras de Niterói e Petrópolis confirmaram os casos e a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga os fatos. Em Niterói, uma profissional de saúde foi identificada e afastada das suas funções. Mais que perder o emprego, esses profissionais que enganam idosos e suas famílias podem responder por crimes como prevaricação, lesão corporal grave e até homicídio por omissão.

A jurista e mestre em Direito Penal pela PUC-SP, Jacqueline Valles, afirma que, caso a vítima morra em decorrência da ação do agente público, ele pode ser indiciado por homicídio e a pena pode chegar a 30 anos de prisão. “Mesmo que o ato não tenha consequências, o servidor responderá por crime contra a saúde pública e prevaricação (deixar de fazer aquilo que o seu ofício impõe). Caso esse idoso venha a falecer por não ter sido vacinado, o profissional pode responder por homicídio, pela omissão. A lei é muito clara: se você faz algo que contribua com o resultado final, você responderá por esse crime. E todos esses delitos são agravados em razão da idade da pessoa”, afirma.


Vídeos mostrando falsa aplicação de vacina têm
circulado pelas redes (Imagem: Reprodução/TV Globo)

Caso a vítima desenvolva a doença e precise ser hospitalizada, o profissional que deixou de aplicar a vacina pode ser indiciado por lesão corporal grave, já que há perigo de vida. “A pena, nesse caso, é de 1 a 5 anos de prisão, aumentado em razão da vulnerabilidade da vítima”, completa a criminalista. As penas para os crimes contra a saúde pública e prevaricação são a detenção de 3 meses a 1 ano.

Além da repercussão criminal dos atos, as vítimas podem processar o Estado. “Um caso parecido e que resultou em indenizações vultosas aconteceu na década de 90, quando um fabricante colocou à venda pílulas anticoncepcionais feitas com farinha e muitas mulheres engravidaram. Neste caso da vacina contra a Covid-19, se as vítimas adoecerem em razão da falsa imunização, podem solicitar indenização ao Estado”, completa Jacqueline.


Jacqueline Valles, jurista e mestre em
Direito Penal pela PUC-SP


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