10 outubro 2012

Derrotados, PDT e PPS apoiam Serra em São Paulo


Derrotados na disputa pela Prefeitura de São Paulo, os candidatos do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e do PPS, Soninha Francine, fecharam apoio à candidatura de José Serra no segundo turno. O PTB, partido de Luiz Flávio Borges D'urso, vice de Celso Russomanno (PRB), também decidiu fechar com o tucano.

As negociações com os petebistas avançaram após conversas com o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e o próprio Serra. Dirigentes do partido pretendem oficializar na manhã de hoje o apoio a Serra.

Na segunda-feira, Alckmin recebeu o presidente estadual do PTB, Campos Machado, no Palácio dos Bandeirantes. Serra também esteve com Campos Machado e conversou com Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB), vice na chapa de Russomanno, pelo telefone, ainda no domingo, após o resultado das urnas.

Para fechar com o PDT, o candidato tucano se reuniu com Paulinho na madrugada de ontem, no apartamento do prefeito Gilberto Kassab (PSD). O acordo será oficializado amanhã.

A data do anúncio do apoio do PPS, selado ontem também, ainda não foi definida.
Ao confirmar sua decisão, Paulinho da Força criticou a presidente Dilma Rousseff e o PT. "Dilma não atendeu as nossas reivindicações. Achamos que é melhor dividir o poder. O PT com poder demais é perigoso", afirmou.

O PDT participa do governo federal, mas Paulinho, dirigente da sigla, vive às turras com o Planalto. Há 15 dias, o ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT), fez um apelo a Paulinho em favor de Haddad. Ontem Brizola Neto fez novo apelo, mas o candidato do PDT optou por Serra.
Apesar de os partidos confirmarem o acordo, Serra evitou comentar e disse que ainda não era "oficial".
"A aliança fundamental não é só com partidos, mas com todas as pessoas da cidade de São Paulo. Mas, evidentemente, o apoio de partidos é importante", afirmou.
O apoio, no entanto, não impedirá dissidências no PDT e no PTB. A Força Sindical, central controlada por Paulinho, poderá ficar com o petista Fernando Haddad, rival de Serra no segundo turno.

PT E A FORÇA

O PT fechou um acordo com o secretário-geral da central, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ainda no primeiro turno. Segundo ele e o próprio Paulinho, os filiados da central serão liberados a optar por Serra ou Haddad.

O acerto de Juruna com o PT irritou Paulinho, que responsabiliza os petistas pelo mau desempenho na eleição --ele teve 0,63% dos votos.
Ao falar sobre o acordo de Juruna com o PT, comparou o secretário-geral da Força a Judas. "Se Jesus teve que suportar isso, também terei", disse Paulinho. Juruna não quis comentar.

A bancada recém-eleita do PTB também está dividida no segundo turno.
Nos bastidores, ao menos um dos quatro vereadores eleitos pela sigla este ano admite apoiar o petista.

Por CATIA SEABRA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

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