18 maio 2013

CONVENÇÃO NACIONAL DO PSDB: MD anuncia apoio a Aécio em 2014

GABRIELA GUERREIRO
CATIA SEABRA
NATUZA NERY

DE SÃO PAULO/folha.com

Em discurso na convenção nacional do PSDB neste sábado, o presidente da recém-criada MD (Mobilização Democrática), Roberto Freire (PE), anunciou que a sigla pretende apoiar o candidato do PSDB nas eleições presidenciais de 2014.

Em meio às especulações que o novo partido, que surgiu da fusão do PPS com o PMN, poderia apoiar o nome do governador Eduardo Campos (PSB-PE) na corrida presidencial, Freire disse que estará "junto" com os tucanos em 2014.

"Não é fácil dizer que podemos estar juntos com Aécio. Podemos. Estivemos juntos em Minas, no Brasil, nas duas últimas eleições presidenciais. E estaremos em 2014, sem nenhuma dúvida. A oposição brasileira precisa ter a unidade", afirmou.

Além de Freire, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), também participa da convenção do PSDB e anunciou o apoio da sigla ao PSDB em 2014.
"Aqui é meu lugar. Eles [governo do PT] são os adesistas às nossas teses. Eu prefiro ficar com a matriz. Eles são a filial que deu certo. Entre a filial e a matriz, eu fico com a matriz. E a filial é Aécio Neves. Eu me sinto em casa, aqui estou em casa. Daqui para frente, é só crescer", afirmou o democrata.


ATAQUES

Em discursos na convenção, integrantes do PSDB fizeram duros ataques ao governo da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Alguns tucanos lembraram o escândalo do mensalão, que marcou o governo Lula em 2005.
"Aqui não tem mensaleiros, tem gente de bem. Aqui não tem compra de votos, aqui tem ética. Essa é a fotografia do PSDB. Esse é o PSDB do presidente Fernando Henrique Cardoso que é referência internacional, diferentemente de outros presidentes que viajam pelo mundo fazendo lobby para empreiteiras", disse o deputado Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara.
Líder do partido no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que o PT é "danoso" para a democracia, por isso chegou o momento de o país eleger um presidente da oposição. "Não podemos permitir mais um mandato do PT. Eles são danosos para a democracia, estão parando o nosso país, liquidando o setor público, matando a Petrobras. É bananeira que já deu cacho, é preciso cortá-la", afirmou.
Agripino disse que o Brasil hoje "renega" o mensalão, mas o escândalo de compra de votos precisa ser relembrado na memória política do país. "Eles habituaram-se a prometer o que não cumprem. Prometem a transposição do São Francisco e não cumprem, a Ferrovia Norte-Sul e não cumprem. Esse é o governo da promessa não cumprida. Estamos vendo o barco desandar", afirmou.

ISOLAMENTO

Aécio chegou à convenção ao lado dos principais integrantes da sigla, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Antônio Anastasia (PSDB-MG). O ex-governador José Serra não se uniu ao grupo, que se reuniu na casa de Aécio para chegar unido à convenção. Serra chegou depois que todos já estavam posicionados no palanque principal do evento.
Durante o evento, sentou ao lado de FHC e Alckmin. Serra ficou algumas cadeiras ao lado, próximo ao atual presidente da sigla, deputado Sérgio Guerra (PE).

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