29 março 2017

Secretário Nacional da Juventude é um dos 48 funcionários fantasma de Pio XII, denuncia MP.

ex-prefeito denunciado por associação criminosa
Entre as 48 pessoas denunciadas pelo Ministério Publico do Maranhão por pertencerem a uma organização criminosa de funcionários fantasmas na prefeitura de Pio XII, no Maranhão, está o nome do atual Secretário Nacional de Juventude, Assis Filho.

A Promotoria de Justiça da Comarca de Pio XII- No Maranhão, ofereceu Denúncia, no dia 23, contra o ex-prefeito Paulo Roberto Sousa Veloso (PRB), o ex-secretário municipal de Administração, Antonio Roberval de Lima, o ex-secretário municipal de Finanças, Melquizedeque Fontenele Nascimento, a ex-secretária de Educação, Iara Adriana Araujo Portilho, o ex-procurador municipal, Michel Lacerda Ferreira, a ex-primeira dama Lucilene dos Santos Veloso e outras 42 pessoas por peculato e por fazerem parte de uma organização criminosa responsável por desviar dinheiro dos cofres públicos por meio de nomeações de funcionários fantasmas pagos pelo Município de Pio XII. 

Entre os denunciados está o Secretário Nacional da Juventude, Francisco de Assis Costa Filho (Assis Filho), nomeado pelo presidente da Republica, Michel Temer, em Janeiro deste ano.

O Ministério Público do Maranhão identificou que a organização criminosa praticava diversos delitos como peculato e falsificação de documentos. A denúncia foi ajuizada pelo titular da Comarca de Pio XII, promotor de justiça Francisco Thiago Rabelo.

Assis Filho - Secretario Nacional da Juventude na lista dos denunciados pelo MP
Todos os 48 foram denunciados por organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

NEPOTISMO E FRAUDE

Dentre os diversos casos de favorecimento de parentes e fraude nos pagamentos estão os familiares do ex-prefeito Paulo Roberto Sousa Veloso. “É o mentor intelectual dos crimes narrados. Unicamente para fins pessoais e em nome do interesse político promovia a farra nas contas públicas incluindo funcionários fantasmas, parentes, ou não, mas, certamente, apoiadores políticos na campanha eleitoral de 2012”, afirmou o promotor de justiça.

A empregada doméstica do ex-gestor, em depoimento ao MP, foi nomeada como assessora da Secretaria de Administração, em 1º de novembro de 2015. Questionada sobre os documentos obtidos pelo MP, que comprovam sua posse em um cargo público e e a inclusão de seu nome na folha de pagamento, a testemunha respondeu que, por ordem de Veloso, assinou os documentos e teve que abrir uma conta bancária, mas nunca recebeu o cartão para movimentar a conta, onde era depositado o valor de R$ 2.400 mil. Enquanto isso, ela recebia o salário de R$ 500 como empregada doméstica.

Ana Carolina Veloso, sobrinha do gestor, morava em São Luís e recebia salário de R$ 2.200 mil. Outra sobrinha dele, Larissa Veloso, reside em Assunção, no Paraguai, onde estuda Medicina e recebia salário de R$ 2.510 mil.

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