12 setembro 2018

Presidente da Câmara quer registro de fundação da União Artística e Operária de Imperatriz


Indicação do presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares, foi aprovada por unanimidade pelo Plenário na sessão desta quarta-feira (12), solicitando ao prefeito Assis Ramos e ao secretário de Infraestrutura, Assis Pinheiro, autorização para colocação de duas placas registrando a fundação da União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz, na Praça da União. A entidade é a mais antiga representante dos trabalhadores imperatrizenses.

“Cuido de preservar nossa história, a história de nossa gente. Com esse gesto queremos perpetuar a fundação dessa entidade, a primeira a representar nossos trabalhadores, gente simples de nossa cidade que com seu esforço ajudou a consolidar nosso crescimento e desenvolvimento, em cuja época se abriam os primeiros caminhos para alcançarmos o que somos hoje, uma cidade forte, desenvolvimentista, a segunda capital do Maranhão”, justificou o presidente.
A União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz foi criada em 19 de outubro de 1958 e está completando 60 anos de fundação. Também por iniciativa do presidente José Carlos, recebeu Moção de Aplausos da Câmara Municipal.
História

A entidade representativa dos trabalhadores mais antiga de Imperatriz, hoje conta com apenas 18 filiados. Com sede no Bacuri, a entidade funcionou durante décadas no bairro da União. Congregava várias classes de trabalhadores: estivadores (chamados à época de arrumadores), pintores, pedreiros, carpinteiros, carroceiros, oleiros. Tinha cooperativa agrícola para compra de alimentos não perecíveis, fundo de pequenos empréstimos aos associados, gabinete dentário e fornecia passagens para viagens de tratamento de saúde.

Abaixo, um pequeno registro do jornalista e escritor, membro da Academia Imperatrizense de Letras, Domingos Cézar Ribeiro, sobre a fundação da entidade:

“Em dezembro de 1958 um grupo de trabalhadores sob a liderança do mestre de obras Cosmo de Sousa se reuniu e fundou a União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz, a qual seria uma das primeiras entidades civis criadas na cidade. Como ele era o braço forte da administração do prefeito Simplício Moreira, em meados da década de 50, o prefeito lhe presenteara uma extensa área no final das ruas do Fio, hoje Dom Pedro II e Teresa Cristina.
Com a fundação da União, Seu Cosmo, como também era conhecido, decidiu doar parte da área para a entidade. Desta forma, a pequena sede foi construída na confluência da Rua Benedito com a Rua Teresa Cristina, proporcionando uma área de lazer aos seus filiados.

A União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz – como o nome já revela – tinha no seu quadro de filiados, pedreiros, serventes de pedreiros, oleiros, carroceiros, pequenos agricultores, pessoas de profissões humildes que viviam à margem da elite da cidade.

A partir da sede, já no mandato do também mestre de obras, Luís Farias, surgiu a ideia de se formar um time para competir com o Imperatriz, Renner, Comercial e GBS (Ginásio Bernardo Sayão), times que disputavam o campeonato local antes da criação da Liga de Futebol.

Em meados do mês de maio de 1964, filiados da entidade e jovens jogadores do time, munidos de foice e facão, limparam o matagal ali existente criando o campo de futebol, onde, a partir de então, o time treinava sob o comando do técnico João Baiano.
João Baiano era oleiro e torcedor fanático do Santos, time de Pelé. Comandou por muitos anos o time que foi extinto no final da década de 70, quando a sede foi derrubada e o campo desapropriado para a construção da Praça da União, por determinação do prefeito Carlos Amorim”.
Texto: Carlos Gaby/Assimp

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