23 abril 2019

Como partidos políticos gastam milhões em dinheiro público praticamente sem fiscalização


Brasil mudou modelo de financiamento da política, mas praticamente não alterou as regras do jogo ou a estrutura de fiscalização – o que acabou favorecendo a corrupção.

Entre as eleições de 2014 e 2018, o Brasil não assistiu apenas a uma mudança no perfil do presidente eleito. A matriz de financiamento da política no país também deu uma guinada: a participação do dinheiro público nas despesas das campanhas saltou de quase 4% para 69% no período, de R$ 189 milhões para R$ 2,09 bilhões.

Nesse meio tempo, foram aprovados a criação do fundo eleitoral, que injetou R$ 1,7 bilhão em recursos públicos nas campanhas, e o reforço do fundo partidário, cujo orçamento mais que dobrou, de R$ 371 milhões para R$ 888 milhões nesses quatro anos.

O país mudou o modelo de financiamento de campanhas e partidos, mas praticamente não alterou as regras do jogo ou a estrutura de fiscalização. Como resultado, parte dos bilhões que alimentaram as eleições foi gasto com pouco ou sem nenhum escrutínio.

Veja matéria completa da jornalista Camilla Veras Mota da BBC News Brasil em São Paulo (AQUI)


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