06 outubro 2021

Outubro Rosa: número de mamografias têm queda anual de 42%


Pesquisas fazem alerta e apontam que o principal fator para queda no número dos exames é a pandemia

Um levantamento feito pela Revista de Saúde Pública em abril revelou dados alarmantes sobre o número de mamografias no último ano. Em 2019, 1,9 milhões de exames foram realizados. No entanto, o ano de 2020 trouxe uma queda de 42% em comparação ao ano anterior: foram realizados 1,1 milhão de mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS), por mulheres na faixa entre 50 e 69 anos.

Os números servem para explicar o impacto da pandemia na dinâmica normal dos exames, já que ano passado a Covid-19 assolou o país e o risco de contágio fez com que as pessoas ficassem com receio de se expôr, diminuindo em mais de 820 mil exames em 1 ano.

O enfermeiro e professor do curso de Enfermagem da Facimp Wyden, Kelvy Araújo, comenta que esse comportamento e as restrições nos momentos mais preocupantes da pandemia, resultaram nessa queda de números e, consequentemente, impactaram no diagnóstico precoce do câncer de mama.

Um dado que também mostra a retração das mulheres é o divulgado pelo Ibope, em parceria com a Pfizer, no final do último ano. A pesquisa revela que 62% das mulheres (1.400 entrevistadas) acima de 20 anos estão esperando a pandemia acabar para fazer os exames para detecção do câncer de mama.

O caminho é a prevenção

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima uma média de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil em 2021. Ainda segundo o Instituto, 95% dos casos no país têm chance de cura quando detectados precocemente.

A importância do assunto destaca a campanha do Outubro Rosa, que acontece anualmente no país e, esse ano, cria a expectativa de aumento dos números de exames para 2021. Com a queda na pandemia, a mobilização das pessoas se faz cada vez mais necessária, no que diz respeito à conscientização sobre a importância da prevenção e o diagnóstico precoce no combate ao câncer de mama.

“O autoexame é uma prática ainda pouco conhecida por algumas mulheres na identificação de lesões palpáveis. É importante que elas sejam orientadas para realizá-lo de forma regular, conhecendo assim, cada vez, mais o próprio corpo e tendo os cuidados preventivos”, orienta Kelvy.

O enfermeiro ainda ressalta a importância da mamografia, caso seja detectada alguma alteração no autoexame e também para a identificação de lesões não palpáveis. “O exame de mamografia detecta possíveis alterações físicas e nódulos nas mamas, conseguindo distinguir benignos e malignos. É um exame necessário, para uma maior segurança no diagnóstico, caso seja detectada a presença de nódulos”, pontua.

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