Conversas rastreadas pela Polícia Federal apontam que o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), investigado por um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares, apresentou indicações ao Ministério da Saúde no governo de Jair Bolsonaro que pudessem ser identificadas e posteriormente cobradas pelo agiota Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, junto às prefeituras contempladas.
Em um dos diálogos, o deputado afirmou ao agiota que indicava “valores quebrados”, como R$ 1,048 milhão e R$ 4,123 milhões, o que facilitaria as cobranças.
Josimar e outros dois deputados do PL, Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE), foram denunciados em agosto do ano passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelas práticas de corrupção passiva e organização criminosa.
A denúncia argumenta que os parlamentares, sob a liderança de Josimar, indicaram recursos federais para a prefeitura de São José do Ribamar (MA), em 2019, com o objetivo de que a verba fosse posteriormente coletada por Pacovan.
O caso está sob a relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, que determinou na semana passada sua inclusão na pauta de julgamentos na Corte.
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