Operação em Arame do Maranhão remove cercas ilegais em terra indígena

A Operação de Desintrusão da Terra Indígena Araribóia, realizada no Maranhão, avança com a remoção de estruturas irregulares e reforço da proteção territorial. Na sétima semana de atuação, encerrada em 29 de março, uma das principais ações envolveu a retirada de cercamentos utilizados ilegalmente para a criação de gado.

Equipes interinstitucionais realizaram atividades em diversas regiões da Terra Indígena Araribóia, com foco nas localidades de Angico Torto e Abra
ão, no município de Arame.

Durante a operação, uma cerca de aproximadamente 2,5 km de extensão foi removida. A ação ocorreu de forma pacífica, com orientação prévia sobre a irregularidade da estrutura.

As equipes identificaram piquetes, pastagens e cercamentos internos, alguns sinalizados com limites territoriais. Também foram localizados rebanhos bovinos em diferentes pontos, com variações na quantidade de animais e na extensão das áreas cercadas.

Além das remoções, está em andamento o trabalho de conferência dos limites da Terra Indígena Araribóia. Equipes do Censipam e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) utilizam tecnologias de georreferenciamento e reconhecimento aéreo para validar os marcos territoriais e orientar as operações com maior precisão.

As intervenções seguem diretrizes do Plano Operacional Integrado da OD-TIARA, alinhadas a decisões judiciais e normativas do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é garantir o cumprimento da legislação, proteger a Terra Indígena Araribóia e resguardar os povos indígenas que habitam a região.

A operação é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e pelo Ministério dos Povos Indígenas, envolvendo mais de vinte órgãos federais. As ações seguem protocolos institucionais e priorizam a segurança de todos os envolvidos.