Parlamentares governistas se mobilizaram para barrar a ida de Edson Claro Medeiros Júnior à CPMI do INSS. O requerimento foi rejeitado por 16 votos a 14.
A base aliada do governo Lula atuou para blindar Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário do lobista conhecido como Careca do INSS, durante sessão da CPMI que investiga irregularidades no órgão.
O requerimento de convocação para que ele prestasse esclarecimentos foi rejeitado por 16 votos a 14, gerando clima de confronto entre parlamentares.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) comemorou o resultado e, ao lado de outros governistas, trabalhou para que o depoimento não fosse aprovado. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação, chegou a discutir com o presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), ao tentar impedir a votação.
Durante a sessão, Pimenta contestou o relator Alfredo Gaspar (União-AL), que defendia a convocação de Edson. Para o deputado petista, o caso deveria ser tratado pela polícia, e não pela comissão. O parlamentar também tentou obstruir a fala do relator, alegando inexistência de previsão regimental, o que foi rebatido por Carlos Viana.
Gaspar insistiu que, como autor do requerimento, tinha direito à palavra. O embate se intensificou, levando o presidente da CPMI a afirmar que “no grito, aqui, ninguém vai ganhar nada”. Pimenta chegou a bater na mesa em protesto contra a manifestação do relator.
Na mesma reunião, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, defendeu o secretário federal de Controle Interno, Ronald Balbe, após reportagem apontar que ele teria sugerido ao INSS a criação de uma “pauta positiva” sobre irregularidades detectadas.
O relator questionou se o servidor não estaria mais preocupado com a repercussão pública do que com os próprios achados da auditoria. O ministro discordou e afirmou que Balbe, auditor há mais de 20 anos, apenas cobrava providências do INSS em relação a entidades suspeitas de descontos indevidos.
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