24 setembro 2009

Conselho Nacional de Relacionamento das Empresas Clientes 2009 encerrou com bate-pronto entre apresentadores, veja matéria de Roberta Sales da Conarec


Irreverência e descontração encerram o Conarec 2009“Quem vai começar a reclamar?”, disse Fernanda Young, apresentadora do canal GNT e moderadora do painel de encerramento do Conarec 2009.
Chamado de “Sem censura: as experiências de serviços mais marcantes contadas pelos contestadores da mídia”. “Ah, podemos começar pela telefonia, que tal?”, disse Helio De La Peña, logo em seguida, com o apoio de Soninha Francine, Marcelo Tas, Rosana Hermann e Tutty Vasques, os outros participantes do bate-papo.


Desta foram irreverente e descontraída o painel seguiu com histórias divertidas de cada um dos contestadores da mídia. Tas ainda logo no inicio acrescentou: “Estou muito surpreso de estar num evento desse tamanho que cuida do consumidor. E, pelo o que eu sei, se não ouvir o consumidor, vai todo mundo ‘rodar’”. “A mentira tem perna curta hoje, principalmente na Internet”, complementou Rosana.


Mas segundo Soninha, as coisas melhoraram. “Antes da privatização da telefonia no país era um sufoco ter um telefone. Até mesmo os orelhões. Uma vez liguei de um orelhão daqueles duplos a central de atendimento, para avisar que um deles estava quebrado. Após dar o número do local, a atendente disse que não havia orelhões naquela área. Como assim?”, completou.


“Essa é a era da evasão da privacidade”, diz Tutty Vasques. “Reclamamos do atendimento que as centrais nos dão, mas ninguém toma as dores do coitado do agente de relacionamento”, explicou Tutty. “Não adianta gritar com o coitado. Você nunca vai ser atendido por um cara que grite com você. É preciso saber ouvi-lo também. Seria necessário criar um curso para preparar o consumidor para falar com o atendente”.


Apesar de Tas ter dito que Tutty queria causar a cizânia no debate, Fernanda soltou: “eu tenho gritado e dá certo. Há muito tempo, tenho ouvido todo mundo reclamar que, quem bota a boda no trombone, está a ponto de ter um treco. Ele tem que se indignar mesmo, tem que ser respeitado, fazer barulho”, acrescentou.



Evoluções por minuto


Os produtos e serviços melhoram e o atendimento também tem que evoluir. “Eu lembro quando lançaram o celular. Era o famoso ‘tijolão’. Uma vez eu passei com o Twingo em cima do tijolão e avariou o carro”, contou Rosana. “A bateria do celular era igual a uma rampa de skate”, brinca Tas. “As pessoas queriam mostrar que podiam ter celular. Agora as pessoas usam o Nextel no viva-voz e tem um imenso prazer nisso”, complementou Soninha.


Mas toda essa revolução no atendimento tem a ver com o exercício da democracia, disse Helio De La Peña. “O excesso de meios para reclamar cria uma euforia que ninguém sabe aproveitar”, completou. “As pessoas acham que estão conversando num bar, mas está ali, escrito”.


“Eu tenho uma experiência no Twitter”, disse Rosana Hermann. “Eu soube que a operadora Claro criou uma conta no microblog. Quase que ao mesmo tempo, um consumidor descontente criou outra conta: o clarofail. Um dia, conversando com as duas partes, vi que o clarofail, tinha muito mais seguidores que o oficial da operadora. E por quê? Porque o clarofail seguia todo mundo que o seguia. Quem o oficial seguia? Somente o clarofail. A comunicação, nesse caso, é de mão-dupla. Fãs da Claudia Leite seguem a Ivete Sangalo também. Tem que ficar de olho na concorrência”, contou Rosana.


“Os meninos do CQC tem uma experiência também. O Rafael Cortez teve seu telefone celular divulgado no Twitter, a partir de uma brincadeira do Danilo Gentilli, só que com alguns números alterados. Uma pessoa que estava no mesmo fórum que eles descobriu o certo e twittou. Ele teve de trocar o número”, explicou Tas. “O problema é que tudo é disseminado muito rapidamente. E a dica é: não amplie a voz dos imbecis”, completou Rosana Hermann.


“E o pessoal twitta como se tivesse conversando na mesa de um bar. Mas ninguém pensa que está lá, gravado, escrito”, disse Helio De La Peña. “Isso é da Internet. Tudo é muito rápido”, completou Soninha. “Sim, o correto é não amplie e voz dos imbecis”, finalizou Rosana.

Por Roberta Salles
www.conarec.com.br

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