18 janeiro 2013

Juíza compara cela no Maranhão com canil



"Não existe outra definição a não ser canil. Seres humanos são tratados como cães ali. A cela é tão escura que nem possibilita ver quem está dentro. Há muita sujeira."


A descrição é da juíza Samira Barros Heluy, responsável por determinar, no dia 10, a interdição das quatro celas que formam a carceragem da delegacia de Miranda do Norte (a 140 km de São Luís).


A magistrada relata que as celas são totalmente escuras, com calor excessivo. Segundo ela, havia lixo acumulado e forte odor de fezes e urina, que atraía muitos urubus.

 Os presos passavam o dia sentados ou deitados diretamente no chão, já que não existem colchões ou redes.


Havia quatro presos no momento da vistoria. De acordo com a juíza, não havia água potável para eles. A água usada para beber e para higiene pessoal era armazenada em um caixa destampada.

 "A água é muito escura. Não é possível que um ser humano beba aquilo", disse a magistrada à Folha. "É um local totalmente escuro, insalubre e sem condições de manter seres humanos."
A juíza comunicou a interdição ao governo do Maranhão e ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Procurado ontem e anteontem, o secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes, não se manifestou sobre a condição da cadeia. (Folha.com)


GARFE?


A matéria de publicação do jornal Folha on-line, trás na legenda da foto o que deveria ser o nome da cidade,  Miranda do Norte, mas ao invés disso, colocou o nome “MIRANTE DO NORTE”.Proposital ou uma garfe?  - Mirante é o nome da empresa de comunicação da família Sarney, afiliada da Rede globo. 

A situação relatada pelo jornal sobre as condições das carceragens da cidade de Miranorte não difere do que ocorre nos resto do Estado, especialmente nas regiões sem a atenção de rede de informações, como na Região Central do Maranhão, onde  praticamente não existe jornais, a não ser alguns blogs de pessoas que postam de outros Estados, por medo de represarias.

Em outras regiões, como no Sul do Estado, as selas que existem não comportam a demanda  e as poucas iniciativas do Estado não conseguem produzir resultados, como a construção do presídio em Imperatriz, que teve sua inauguração adiada em três oportunidades e ainda  se encontra sem previsão para ser terminado.

(Holden Arruda)

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