
No Maranhão, o grupo Difusora, de propriedade do Senador Edson Lobão e a TV Mirante, no qual tem o Deputado Federal Sarney Filho como sócio, podem ter suas outorgas suspensas. Isso poderá ocorrer se a Procuradoria Geral da Republica acatar uma ação do Ministério Publico Federal que pede o cumprimento de uma lei federal.
Se confirmada, a iniciativa investe contra uma das mais escandalosas práticas de tráfico de influência explícito, que afronta a lei e o decoro, que é o tráfico de influência nas concessões de rádio e TV, tradicionalmente utilizadas como instrumento de barganha política. Não por acaso, como cita a Folha de S. Paulo, entre os alvos da iniciativa inédita - lançada com aval do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e coautoria do Coletivo Intervozes -, figuram alguns dos mais influentes políticos do país, como os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, Edison Lobão (PMDB-MA), José Agripino Maia (DEM-RN), Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na Câmara, devem ser citados deputados como Sarney Filho (PV-MA), Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher de Jader Barbalho e mãe do ministro dos Portos, Helder Barbalho, Rodrigo de Castro (PSDB-MG) e Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Casa.
Segundo ainda revela a Folha de S. Paulo, dos 40 congressistas que constam como sócios de rádios ou TVs, sete creem que a legislação permite esse tipo de participação, desde que eles não exerçam funções administrativas nas emissoras. Essa opinião, acrescenta o jornal, foi manifestada por Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Collor (PTB-AL), Gonzaga Patriota (PSB-PE), João Henrique Caldas (SD-AL), João Rodrigues (PSD-SC), Ricardo Barros (PR-PR) e Victor Mendes (PV-MA). "O ordenamento jurídico permite [ser sócio]. Não exercendo direção, não há vedamento legal", declarou João Henrique Caldas.
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