03 janeiro 2018

O dedo de Sarney...



Durante muitos anos era apenas um mito acreditar que tudo que ocorria seria culpa do Sarney, que era o dedo do Sarney. Entretanto, todas as indicações políticas do Maranhão e no Estado do Amapá passaram primeiramente pelo crivo do maranhense, dizia Lula, Dilma disse também a Capiberibe (ex-governador do Amapá) e agora o presidente Temer. No cenário político nacional, tão logo ocorria a interferência de Sarney, ele mesmo tratava de desfazer, transformando a investida em “mito”.

Mas a interferência (veto) de Sarney na indicação do deputado Pedro Fernandes(PTB) para o ministério do Trabalho do governo federal não somente prejudicou o parlamentar mas também tirou um cargo importante do Estado do Maranhão. O mito, no entanto, era que mais uma vez estavam atribuindo essa maldade ao nosso ex-presidente.

A verdade veio à tona pelo presidente Nacional da legenda, Roberto Jefferson que confirmou que novamente era o "dedo" do ex-presidente ao nome do Deputado Pedro Fernandes. Afinal, Pedro Fernandes, ex-secretário de educação do governo Roseana (que não necessita de apresentações) estaria flertando uma provável aliança com o governador do Estado, Flávio Dino, considerado arquirrival da família Sarney, ou simplesmente, o homem que desbancou a oligarquia do poder após 5 décadas.

O jornal ‘a folha de São Paulo’ também revelou em sua coluna de hoje: ”O PTB havia escolhido o deputado federal Pedro Fernandes (MA) para suceder Nogueira. Após veto do ex-presidente José Sarney (PMDB), rival de Fernandes no Maranhão”, confirmado também pelo jornalista Gilberto Leda que perguntou a Roberto Jefferson de quem teria sido o “dedo do veto”. Para Jefferson, o deputado Fernandes “errou” em não aceitar conversar com o ex-presidente Sarney. “Como recusa uma conversa com Sarney? Um homem importantíssimo do PMDB, de honra do PMDB? Não dá, né?”, afirmou Jefferson ao jornalista.

Sarney preferiu negar mais uma vez a autoria, mas a verdade revelada é que, com esse desfecho, fica evidente que os interesses individuais do clã são considerados mais importantes que os interesses do Maranhão, que perdeu por capricho o Ministério do Trabalho.

Não foi desta vez que Sarney conseguiu se safar da responsabilidade de interferir nos interesses que também são do Estado, portanto, imputados agora a ele, todas as outras investidas em que negava ‘ter metido o dedo’.

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