
O curso de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), campus Caxias, registrou em 2023 o conceito 1 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a pior nota do Brasil. A queda marca um contraste com os anos de 2010 e 2013, quando o curso atingiu conceito 4 e figurava entre os melhores da região.
A comunidade acadêmica atribui o desempenho à omissão da gestão superior. Relatos apontam para abandono institucional e falhas administrativas durante as gestões dos reitores Gustavo Costa (2015–2022) e Walter Canales (2023–atual). Ambos são criticados por ignorarem alertas internos e por não investirem na estrutura do curso.

FALTA DE ESTRUTURA COMPROMETE QUALIDADE
Entre os principais problemas relatados estão laboratórios sucateados, ausência de reagentes, insumos e equipamentos básicos. Também há denúncias sobre número insuficiente de professores, ausência de docentes com doutorado e dedicação exclusiva, além de currículo desatualizado e desconectado da prática médica.
Estudantes relatam ainda dificuldades com campos de estágio e internato médico. A falta de estrutura atinge também as bibliotecas, que operam com acervo desatualizado e sem acesso digital a conteúdos científicos. A ausência de políticas de valorização dos campi do interior é outra queixa recorrente.
COMUNIDADE QUESTIONA PRIORIDADES DA UEMA
Apesar das deficiências, a reitoria da UEMA anunciou a criação de um novo curso de Medicina em São Luís, com estrutura moderna. A decisão gerou revolta entre estudantes e professores de Caxias, que denunciam o abandono do curso original e cobram respostas sobre os critérios de investimento da instituição.
A comunidade acadêmica pede providências, transparência nos recursos da universidade e reestruturação urgente do curso. Reivindicam, ainda, ações efetivas de valorização dos cursos oferecidos no interior do estado, sob risco de colapso da formação médica na região.
as informações são do jornalista Linhares jr
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