Com o fraco desempenho do PDT, Jean Carlo incentiva namoro com o grupo sarneysista.

O processo de oposição estava até bem costurado em Imperatriz com a personificação de Flávio Dino (PCdoB) à campanha de prefeito de Carlinhos Amorim (PDT). Os comunistas, bem antes, até que tentaram ser cabeça de chapa, mas foram demovidos da ideia com as articulações bem feitas por Jean Carlo, vice-prefeito, que jogou muito bem até as convenções.

O fato é que, com o desenrolar da campanha e a baixa pontuação de Carlinhos nas pesquisas, os principais interlocutores da campanha pedetista, ensaiam um namoro com Rosângela Curado (DEM), que tenta vender uma ideia de ascensão. O enamoro consiste em fazer vistas grossas à candidata do deputado Antônio Pereira (DEM), braço direito de Ricardo Murad (PMDB) quando o assunto é saúde no estado do Maranhão. Murad que não é nada bobo começa a injetar apoio a sua candidata através de outros braços, como do empresário Doca e do ex-presidente da Coomigasp, Gessé Simão, amigos que sabem bem interpretar a cartilha dos bastidores da política maranhense.

Mero boato: Sorriso de Flávio Dino substituído por outro?

Todos esses personagens históricos ligados à família Sarney e ao ministro Lobão, estão sendo ignorados no debate político que vive hoje Imperatriz. Aos carlistas cabem também aspirar tal ignorância. Nosso amigo Jean Carlo, não esconde o fato de ter como inimigo e alvo principal o candidato Madeira (PSDB), e mesmo que Rosângela tenha o cheiro e o sabor de Sarney e Lobão, o tropeço dos tucanos soa como um projeto pessoal, afinal a máxima da campanha parece ser norteada pelo adágio popular “farinha pouca, meu pirão primeiro”, imortalizado por Bezerra da Silva em uma cantiga cheia de malandragem e sapiência de multidão.

De certa forma é decepcionante constatar que já se comenta nos corredores do diretório do PDT que alguns Carlistas querem, antes de tudo, ajeitar uma situação confortável após as eleições numa ilógica cobertura de Antônio Pereira, que não tem nenhum interesse na manutenção do mandato de deputado de Carlinhos Amorim. Enciumados ou desconfortável com a situação, pedetistas de lá comentam de uma possível barganha, onde a próxima campanha de Carlinhos pode receber um “gás” de uma das empresas ligadas a Antônio Pereira.

Particularmente, o blog duvida muito dessa cooptação, mas é bom lembrar que Jean e Frederico protagonizaram dias antes do inicio da campanha, uma articulação para retirar o jornalista Marcos Franco da comunicação da campanha de Carlinhos Amorim. Para eles, Franco mantém uma aproximação ímpar com Márcio Jerry, assessor direto de Flávio Dino e presidente do PCdoB no Maranhão. Jean e Frederico ficaram com receio de perderem o controle do programa de Carlinhos e que, sob a tutela de Marcos Franco, os programas iriam valorizar por demais a influência dos comunistas na campanha dos pedetistas, comprar a briga contra Sarney e Lobão, além de se intrometer nas articulações políticas, como no caso de Davi Junior e Ildon Marques, figuras que Jean procurou conversar para possíveis alianças ao nome de Carlinhos Amorim.

Pior mesmo fica a situação do PCdoB em Imperatriz. É praticamente nula a participação de Flávio Dino na campanha de Carlinhos, e com essa suposta aproximação dele (Carlinhos) ao grupo de Ricardo Murad costurado por Jean Carlo, os comunistas começam a ficar de orelha em pé. Candidatos a vereadores da sigla comunista, segundo uma fonte ligada aos dois, querem saber de fato se essa conversa procede e, não só isso, começa a questionar a leveza taciturna da coligação PDT e PCdoB diante uma candidata que por sua ligação intrínseca a Roseana Sarney, joga por terra o nome de Flávio Dino no segundo maior colégio eleitoral do Maranhão, comprometendo seu projeto político para 2014.

A campanha começa a se desenrolar e, sempre, cada um a sua maneira, na via dupla de alianças duvidosas, ainda que supostamente ilógicas, na contramão das articulações do velho e falso discurso de oposição.

Por Samuel Sousa