21 abril 2013

Peixes continuam morrendo no entorno da Usina de Estreito...


Sem títuloJá virou rotina na região do Bico do Papagaio e Sul do Maranhão que sedia a Usina Hidroelétrica de Estreito, sob responsabilidade do Consórcio Estreito Energia (CESTE). Milhares de peixes continuam morrendo dentro do reservatório da usina. O problema se arrasta a anos e nenhuma autoridade toma providências.
Enquanto isso as organizações civis que defendem o meio ambiente continuam a fotografar e denunciar as ações irregulares cometidas pelo CESTE. Esta semana a União das Aldeias Apinajés (PEMPXÀ), com sede em Tocantinópolis, fotografou a mortandade e reivindicou ao Ministério Público Federal (MPF), providencias legais sobre o caso.
De acordo com a denúncia, os peixes estavam sendo retirados mortos do lago pelos funcionários do CESTE e depois sendo enterrados. “Esta ação é feita com o objetivo de esconder os verdadeiros impactos do empreendimento”, diz a entidade.
A mortandade de peixes teve início em 2011, mas até hoje,  o drama ecológico persiste no rio Tocantins, chamando inclusive a atenção da Procuradoria da República do Estado do Tocantins (PR-TO), que  exigiu explicações dos empreendedores responsáveis pelas hidrelétricas de Lajeado (INVESTICO), Peixe (ENERPEIXE) e Estreito (CEST), dos órgãos ambientais e universidades.
É importante ressaltar que neste mês de abril, cresceu o número de casos registrados da mortandade.
Os pescadores Manoel Pereira e Valmir Santana também denunciaram no início da semana passada que várias espécies de peixes estavam morrendo no leito do rio Tocantins, abaixo da Usina Hidrelétrica de Estreito. Na oportunidade em que apresentaram a denúncia, os pescadores afirmaram que a situação era grave, e que embarcações contratadas pelo CESTE faziam a coleta de peixes mortos inclusive no período noturno, fazendo uso de “cilibrim” (tipo de lanterna usada à noite nas embarcações).
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Ainda segundo os pescadores, são várias espécies de peixes que continuam morrendo, como é o caso de Mandi, Crote, Jaú, Bico de Pato, Lampreia, Pacú,  Curimatá, Avoador entre outros. Para Manoel Pereira, um dos responsáveis pela denúncia, “a situação é grave e precisa chegar ao conhecimento das autoridades. Já tomamos a iniciativa de comunicar ao Presidente da Colônia de Pescadores, João Haroldo Gomes de Almeida, que por sua vez se comprometeu tomar as providencias”.
No último sábado, 13, no período da tarde, novamente, os pescadores denunciaram sobre  a mortandade, o que motivou o deslocamento até a Ilha Cabral, em Aguiarnópolis, onde se constatou que realmente a morte desenfreada de espécies.
Os peixes mortos, e os que não foram capturados pelo pessoal do CESTE encarregado de fazer esse serviço, ficam dentro da vegetação, presos. 
(Com informações de Hiroshi Bogéa)

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