Não é somente desencadear a caçada ao mercado informal, mas procurar realizar um trabalho de organização sem perder a responsabilidade social.
O Brasil em crise, com enormes altas de desemprego, a constante é que os desempregados não consigam retornar ao mercado de trabalho. A unica saída é enveredar pelo trabalho informal, principalmente em Imperatriz e em locais onde existem consumidores: nos poucos locais de lazer existentes na cidade. Mas apesar do desafio diário desses comerciantes informais, ainda existe a queda de braço com a prefeitura gerada pelo exagero do legalismo.
A ordem e o desejo de organizar deveriam considerar todos os fatores positivos e negativos. A quitanda aberta em frente ao comércio que paga impostos e aluguéis altos ou até a extensão do comercio aberto na calçada para disputar com os camelôs são questões distintas da investida do momento. A praça sem quiosques de atendimentos tende a servir de 'novo ambiente de flagelo' de drogados se não for ocupada de forma correta. Na crise ou no momento de levar o sustento da familia, do aluguel da casa, por exemplo, não existe razão. Principalmente quando o seu maior inimigo é o poder público, que deveria trazer a solução para parte dos problemas e não somente aumenta-los.
A imagem do fiscal orientando o vendedor ambulante na praça Mary de Pinho sobre a proibição da venda realizada somente na parte da noite, é a imagem que circula na internet e é repudiada por muitos. É como se faltasse assunto e o governo municipal estivesse atrás de construir mais um tema negativo para as redes, considerado um campo de difícil recuperação de imagem e constantes batalhas de opiniões sobre o que acontece no meio social e político, principalmente.
Aqui não se defende a desordem, mas o respeito ao direito minimo de construir dignidade. É preciso avaliar se a decisão de organizar não vai começar a ferir direitos e abrir de forma mais evidente a visão sobre a efetivação de um Estado cada vez mais opressor. A medida que se combate esse tipo de atividade deveria ser seguido com o acolhimento social por parte do poder publico.
"Não há nada mais inútil do que fazer eficientemente aquilo que não se deveria fazer". (Peter Drucker).
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