09 maio 2019

“A saúde de Imperatriz está um caos”, diz filha de paciente que está há 48 dias no Socorrão

Tribuna popular aconteceu durante sessão ordinária desta quinta-feira (09)

ASSIMP

Weslany Barros falou sobre a situação do atendimento na rede municipal de saúde, ao ocupar a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Imperatriz. Ela é filha de Célia Maria Barros que está na UTI do Socorrão há 48 dias e foi pedir pela saúde de sua mãe e de todos os imperatrizenses. Dona Célia está com aneurisma, deu uma AVC gravíssimo e segundo a filha nada foi feito. Já não come, não se movimenta e o pedido dela é que deem uma posição para que elas possam ter um dia das mães menos triste.

“Primeiro disseram que era falta dos clipes, depois a máquina quebrou, agora é um outro aparelho quebrado; falaram que segunda iam marcar a cirurgia para essa semana, depois que seria ontem, hoje já é quinta e o próprio secretário nos disse que todas as cirurgias já estavam marcadas para a próxima quinta, mas fui lá hoje confirmar e ninguém sabe de nada, não tem nada marcado, tudo mentira. Se contradizem mas não conseguem nem se combinar, depois vão mentir em entrevistas. A máquina sequer foi mandada arrumar. Lá são vidas, é saúde, muitas pessoas estão morrendo sem atendimento, faltam medicamentos, lençóis, as pessoas não estão tomando banho, pois foram proibidos de descer, quem disser algo ou se manifestar eles retaliam, não dão nenhuma satisfação e como em um presídio, até filmar, tirar fotos e entrar com celular estão proibindo. O dia das mães está chegando e talvez a minha não esteja mais aqui no domingo. O prefeito e seus secretários podem ir para hospitais particulares, mas nós não temos condições. Só pedimos que respeitem nossos direitos, que é a única coisa que nos resta”, disse.

De acordo com o relato, o fedor é insuportável no hospital, médicos reclamam de não recebimento há meses, máquinas quebradas, faltam luvas, atendentes dizem que não tem remédios e o prédio está todo destruído. Água para beber é salobra e as pessoas estão amontoadas sem atendimento. Weslany mostrou imagens de sua mãe e vários outros pacientes. Pediu para que as pessoas ocupem as ruas e mostrem a verdade, antes que outros pacientes morram pelo descaso, enquanto a prefeitura só mostra maravilhas nas redes sociais e propagandas. Ela coloca em dúvida a eficiência do HMI, onde dizem que tem tudo, mas a verdade é bem diferente.

“Só sabe quem passa por esse grande sofrimento. Infelizmente, a saúde da cidade está um caos e o descaso é muito grande. Pessoas estão morrendo uma atrás da outra”.

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