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Flávio Dino em três situações: o gestos inaugurando obra, o articulador reunido com governadores e o político durante visita ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso |
Por Ribamar Corrêa
Como gestor, Flávio Dino quebrou a regra, fugiu do obrismo faraônico praticado por antecessores, e optou por priorizar o básico e essencial: educação, saúde, combate à pobreza, cidadania, investindo também em infraestrutura. Basta visitar uma das mais de mil unidades de Escola Digna e um dos vários IFMA para se ter uma ideia clara do que é evolução em educação. A rede hospitalar do Maranhão é hoje uma das melhores do Nordeste, com a conclusão e o funcionamento pleno de carcaças hospitalares que encontrou. A multiplicação dos Restaurantes Populares e os programas de economia solidária dão bem a medida da preocupação do seu Governo com as pessoas, foco também das áreas de cultura, esporte, segurança pública, entre outras. Ao lado disso, seu Governo é ajustado fiscal e financeiramente, não gasta mais do que arrecada, e valoriza cada real que gasta. Os empréstimos têm sido aplicados com rigor e transparência. E até aqui sem um só traço de desvio.É majoritária na imprensa a avaliação segundo a qual o novo coronavírus só não fez mais estragos no Brasil porque a brutal combinação de obscurantismo e incompetência do Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi contida graças às ações de uma safra razoável de governadores. Entre os dirigentes estaduais, independentemente de posições políticas e concepções ideológicas, estão o que há de melhor na nova geração de políticos brasileiros – Flávio Dino (PCdoB), Camilo Santana (PT-CE), Paulo Câmara (PSB-PE), Rui Costa (PT-BA), Eduardo Leite (PSDB-RS) e João Doria (PSDB-SP), por exemplo -, alguns já tarimbados e com desempenho aceitável – caso de Wellington Dias (PT-PI), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Waldez Goés (PDT-AP), entre outros -, e como não poderia deixar de ser, fiascos revoltantes, como o fanfarrão Wilson Witzel (PSC-RJ) e o incrivelmente despreparado Wilson Miranda (PSC-AM). Nesse contexto, o governador do Maranhão tem se sobressaído como gestor de excelência, articulador de ponta e político que sabe onde põe os pés e onde quer chegar. Isso porque, está muito claro, que nele o gestor, o articulador e o político se equivalem, à medida que um não sufoca os outros.
O articulador se apresentou no primeiro mandato, na linha de frente para mobilizar governadores para ações conjuntas como meio de alcançar resultados em tratativas com o Governo da União. Foi um dos principais idealizadores do Consórcio do Nordeste e do Consórcio da Amazônia – do qual é o atual presidente. Essas organizações ganharam força e importância vital com a ascensão de Jair Bolsonaro ao Governo da República, caracterizado, desde o início, pela política ostensiva de torpedear líderes regionais, atacando diretamente os de esquerda, com Flávio Dino na cabeça da lista. A pandemia do novo coronavírus escancarou de vez a inutilidade da agressividade de Jair Bolsonaro e a eficiência da articulação de Flávio Dino. A compra de respiradores, a abertura de leitos, a montagem de hospitais de campanha, a contratação de médicos, o aumento do número de UTIs, e agora a guerra por vacina mostram o fracasso da ação federal e o acerto da ação nos estados. O resultado mais recente da articulação do governador do Maranhão foi o lançamento, ontem, da proposta de Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde, texto quase todo da sua lavra e que chegou à Nação assinado por ele e mais 20 governadores.
O político Flávio Dino ganha a mesma dimensão, atuando intensamente sem prejudicar o gestor nem o articulador. Ao mesmo tempo em que mantém a frente com 16 partidos que dá sustentação ao seu Governo, ele se consolidou também como uma das vozes mais atuantes e ouvidas no atual cenário político nacional como implacável, mas civilizado, opositor do presidente Jair Bolsonaro. E também como principal defensor de uma grande frente partidária, unindo centro-direita, centro, centro-esquerda e esquerda. Essa intensa e abrangente movimentação política o levou à lista dos presidenciáveis, considerado também como nome forte para vice numa composição. Seu projeto natural e mais importante, porém, é candidatar-se à vaga que se abrirá no Senado, um passo seguro e quase sem risco.
É lógico que numa conjuntura como a atual, com a tragédia pandêmica e o desastre gerencial do Governo da República, governadores atuem nesses três vieses. Mas nenhum deles o faz com tanta intensidade e amplitude como Flávio Dino, o que o torna um homem público diferenciado, pronto para qualquer desafio nesses três vieses e nos três planos da Federação. As referências feitas ontem ao governador do Maranhão pelo ex-presidente Lula da Silva (PT) dão bem a medida do seu tamanho como homem público.
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