O delegado regional de Presidente Dutra, César Ferro, passou a ser alvo de investigações da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público do Maranhão (MPMA) após a polêmica decisão de liberar o prefeito acusado de matar um policial militar durante uma vaquejada em Trizidela do Vale. A atitude, considerada incomum diante da gravidade do caso, levantou suspeitas de favorecimento político e provocou forte repercussão em todo o estado.
As apurações tiveram início a partir de denúncias feitas pelo deputado estadual Wellington do Curso (Novo), que apresentou representações tanto à Corregedoria quanto ao MPMA. Com isso, foram abertos dois procedimentos distintos: um administrativo, para apurar falhas funcionais do delegado, e outro jurídico, para investigar se houve favorecimento ao gestor.
O caso envolve a morte do policial militar Geidson Thiago da Silva Santos, de 39 anos, assassinado a tiros no dia 6 de julho, durante uma vaquejada em Trizidela do Vale. O responsável pelo crime é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, que confessou ter efetuado os disparos utilizando uma arma ilegal. Apesar da confissão, o delegado César Ferro decidiu liberar o prefeito sem aplicar nenhuma medida restritiva. A arma usada sequer foi apreendida, o que ampliou as críticas à condução do inquérito.
Na Assembleia Legislativa, Wellington do Curso classificou a decisão como um claro caso de favorecimento político. Segundo ele, além de liberar um prefeito que havia confessado um homicídio, o delegado teria vínculos com o grupo político do gestor. Por esse motivo, o parlamentar pediu que César Ferro fosse afastado do cargo e responsabilizado por possíveis crimes de prevaricação e ocultação de provas.
A Folha do Maranhão apurou que a investigação do Ministério Público segue em andamento, mas ainda não há informações concretas sobre o procedimento interno na Corregedoria da Polícia Civil. Caso sejam confirmadas irregularidades, o delegado poderá responder tanto na esfera administrativa quanto judicial.
folha do Maranhão
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