A comparação ofende o brio do nosso povo, até porque o Maranhão é muito bom, as estradas são maravilhosas, a travessia pra Baixada é um passeio espetacular, marcada pelo prazer e pelo conforto navegar pelo Ferry, que mais parece um Cruzeiro Transatlântico; as praias da Capital são bem cuidadas e totalmente limpas, apropriadas ao banho, face ao sucesso de emissários de material tratado e sem coliformes fecais despejados a dezenas de milhas; o transporte coletivo é padrão britânico, moderno, eficaz e barato, interligando toda a cidade; o nosso Centro histórico, Patrimônio da Humildade, é tão conservado quanto limpo e cheiroso, isso posso jurar; a Lagoa da Janse é um exemplo de decantação bem sucedido de efluentes produzidos pela rica Miami Ludivicense, destacando-se pelo aroma que exala de água cristalina e perfumada; o Porto do Itaqui, segundo maior calado do Mundo, é exuberante e ultramoderno, conduzido por aquela que é a mais respeitada empresa portuária do Mundo, inteiramente voltada para garantir o crescimento do Estado ao tempo que promove significativamente a melhoria de vida dos maranhenses, quase todos libertos do Bolsa Família e da deliciosa nutriente refeição de restaurantes populares, já escassos.
O Maranhão é bom de mais e não se sobressai apenas na infraestrutura regozijante porque somos Nota 10 na educação, inalcançável quando o assunto é saúde Pública. No campo, a chamada “Roça no Toco” (manejo medieval da agricultura) foi erradicada, prosperando terras de fartura e paz social. Por aqui, o nível de governança é extraordinário, porque as instituições funcionam tão bem ou melhor que um bom relógio suíço! Sentimos orgulho de nossos políticos, indiscutivelmente trabalhadores de verdade, terrivelmente honestos e avessos a sinecura e outros “mimos”. Paradoxalmente ao que ocorre no resto do país, por aqui “não rola esquema como emenda pix”, e as pouquíssimas observadas, são canalizadas a municípios sem esquema ou lambança. O Maranhão é muito, mas muito bom.
Os governantes e prefeitos se notabilizam por zelar e aplicar corretamente os recursos públicos, sem mácula e sem qualquer notícia de superfaturamento de obras, e todos, ou quase todos, vivem exclusivamente de seus proventos, sem luxo ou ostentação de qualquer natureza; o desempenho da bancada de deputados e de senadores é de dar inveja, todos comprometidos com pautas relevantes, já que a classe política, desde os tempos idos, nunca aparelhou o Estado ou dele se locupletou, e, certamente por isso, que temos e vivemos num Estado rico e próspero, muito diferente de outros do Norte e Nordeste.
O Maranhão é, sim, diferenciado, superando de longe as melhores expectativas econômicas e de desenvolvimento humano, despontando como um “estado modelo”, digno de aplausos. Por cá, o coronelismo político, as oligarquias e os currais eleitorais não prosperaram e o Maranhão nunca teve dono! O Maranhão é um oásis num Brasil de contradições, porque aqui a segurança é implacável e as facções e milícias das quais se houve falar nos noticiários, graças a Deus, não cruzaram e nem estabeleceram abrigo nas Terras Gonçalvinas, ainda sob o encanto de poesias, crendices e tradições populares, exatamente como canta os versos e prosas de Alcione, maranhense da gema, que vive aqui o tempo inteiro, com a gente, embora tenha, levemente, sotaque carioca derivado, sem dúvida, do convívio com o samba maneiro do Rio de Janeiro. Por tudo isso, a comparação, desrespeitosa, resultada de miopia sem cura, é injusta e inoportuna.
O Maranhão da comparação não mais existe, se é que um dia existiu num passado muito muito distante!
Viva o Maranhão!!!
(Zé de Sousa)

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