Cavalo de Aço precisa resolver situação que impede de registrar novos jogadores, para começar a buscar recursos e montar elenco para a temporada que vem; presidente do clube Adauto Carvalho, mantém silêncio enquanto vice se torna porta-voz

Por Mateus Sampaio/GE

Apósós uma temporada para esquecer, é chegada a hora do Imperatriz buscar um recomeço. Muito mais que um aprendizado, o clube precisará ainda curar algumas feridas adquiridas ao longo do ano, para poder ter o seu restart em 2021.

O Cavalo de Aço já começará tendo que correr atrás do prejuízo, haja vista que o clube não possui - atualmente - recursos para montar um elenco competitivo para as disputas do Campeonato Maranhense e Série D do Campeonato Brasileiro no ano que vem. Uma dura penalidade, que nada mais é do que o reflexo de investimentos e escolhas ruins para o futebol e comissão técnica em 2020, sem contar a "trapalhada" da gestão terceirizada do futebol.

Vale lembrar que o processo de reconstrução começará do zero, uma vez que todos os atletas que jogaram no último sábado, pelo último compromisso da Série C, diante do Manaus (derrota por 2 a 1), foram dispensados. Além disso, a montagem de um novo elenco somente será possível se o clube conseguir resolver sua pendência na FIFA, por conta da transação envolvendo o meia-atacante Breno Caetano, no início da temporada.

A reportagem do ge tentou entrar em contato com o presidente do Imperatriz, Adauto Carvalho, para saber como anda o planejamento e as prospecções para 2021. Mas, o mandatário manteve o mesmo comportamento adotado nos últimos meses, sem se pronunciar sobre o futuro do time. Em contrapartida, o vice-presidente Wagner Ayres, atendeu a reportagem, e destacou a prioridade do clube no momento.

"Estamos em primeiro lugar buscando resolver a situação que nos impede de registrar novos jogadores, que no caso, é a pendência com a qual todos já sabem que temos na FIFA. Infelizmente não avançamos nessas tratativas ainda. Mas, estamos buscando apoio da CBF para intermediar a situação, para que possamos ter condições de arcar com a despesa. Portanto, não tem como pensar em montar elenco, sem poder futuramente em inscreve-los. Resolvido a situação, podemos nos concentrar em iniciar nosso planejamento para 2021."

— Wagner Ayres, vice-presidente do Imperatriz.

Ayres revelou também que tentou contar com uma ajuda da Federação Maranhense de Futebol (FMF). Falou que propôs uma solução, no qual a entidade maranhense pagaria a dívida e assim, o Imperatriz quitasse as prestações com mais calma, e podendo de imediato pensar na montagem de um novo elenco.

No entanto, houve uma negativa por parte de Federação. O que, segundo Ayres, motivou mais ainda o clube buscar uma solução junto a um intermediário da CBF, para acertar as melhores condições e poder quitar a dívida com o clube uruguaio (Atlético Fênix).

Em passos lentos, o Imperatriz segue como uma incógnita para 2021, haja vista que a cúpula do futebol fica refém de uma caso onde não possui recursos para resolver a situação de vez. Ayres projetou um veredito até o fim de dezembro, mas a tendência é que este caso seja esticado até meados de janeiro.