Nos últimos
tempos as chamadas entidades privadas sem fins lucrativos aqui em Imperatriz,
especialmente na área da saúde passaram a ser vistas como os canais para
desviar recursos do Estado e da saúde pública e jogá-los nas teias de corrupção
que se formam nas malhas administrativas e políticas.
O suado dinheiro que seria destinado à saúde pública de
Imperatriz, Porto Franco, Açailândia, Carolina, Balsas, Grajaú e de outras
cidades é gerenciado por políticos com mandatos, empresários delinquentes do
setor de saúde de Imperatriz e do Maranhão.
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Emilio... |
E assim, sombreado por casos escabrosos, esse conglomerado, que
reúne algumas das organizações conhecidas no município, enfrenta intenso
processo de desgaste, cujas consequências poderão afetar o desenvolvimento de
programas voltados para o bem-estar de comunidades carentes.
Como é sabido, o espaço desse setor é ocupado por entidades
cognominadas sem fins lucrativos, entre outras modalidades, que atuam nas áreas
da saúde com a aquiescência do Secretário de Saúde do Estado Ricardo Murad, sob
o patrocínio de um médico-deputado que se notabiliza a cada dia como “o Vampiro da Saúde de Imperatriz”, um empresário bioquímico conhecido
por Dr. Emílio, uma rede de blogueiros, jornalistas, advogados e contadores e,
mais recentemente, de dois candidatos a Prefeito de Imperatriz e outros da
região.
A carência de recursos para a área de saúde da região, os cortes
efetuados em vários municípios pelo atual secretário estariam agora sendo
drenados para organizações da chamada sociedade civil, que nada mais são do que
empresas privadas constituídas e, adredemente, pensadas para sangrar o suado
dinheiro do povo.
Em Imperatriz atuam com desenvoltura duas delas: a Bem Viver e a
AME, ambas seriam manipuladas pelo deputado Antonio Pereira (DEM), principal
apoiador da candidata Rosângela Curado, por um empresário-bioquímico conhecido
apenas como Dr. Emílio, que teria construído um grande patrimônio nesta
negócio e pela esposa de um ex-prefeito de Sitio Novo e diretor do hospital
regional de Imperatriz, também administrada pela Bem Viver, tudo sob as vistas
do Secretário de Estado da Saúde Ricardo Murad, que teria conhecimento de todo
o esquema de corrupção com a saúde do Estado.
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Deputado cachoeira |
O esquema digno de uma operação da Polícia Federal não vazou até
agora porque tem políticos, jornalistas, blogueiros, radialistas, contadores,
advogados e mais recentemente dois candidatos a prefeitos de Imperatriz e um da
região tocantina que estariam sendo beneficiados pelo escabroso esquema
de desvio de recursos públicos.
A idéia sofisticada por trás do esquema é que, as tarefas e
funções que o Estado que é Primeiro Setor não consegue realizar a contento e
sem ter como objetivo auferir ganhos financeiros, como é a praxe do mercado
(Segundo Setor) seriam repassadas para o chamado Terceiro Setor (sociedades sem
fins lucrativos, organizações sociais, ONGS, etc.).
No Brasil, segundo o jornalista do Estadão Gaudêncio Torquato “o
tamanho da encrenca que põe sob suspeição organizações não governamentais
(ONGs), expressão igualmente usada para definir aquele universo, pode ser
aferido por esta ordem de grandeza: o País abriga cerca de 350 mil entidades de
assistência social, que empregam 2,5 milhões de pessoas e 15 milhões de
voluntários; entre 2004 e 2010 esse conglomerado recebeu dos cofres públicos R$
23,3 bilhões, uma evolução de 180% em seis anos”.
No Maranhão, digo eu, ainda não se tem números do volume de
recursos que a Secretaria de Estado da Saúde repassou até agora para as
organizações sociais, mas estima-se que muito dinheiro público estadual e
federal são jogados nos escaninhos dessa rede.
O que impressiona é que essas entidades só “prestam contas” para
o próprio repassador, no caso a Secretaria de Estado da Saúde. É mesma coisa de
colocar a raposa para vigiar o galinheiro.
Como há recursos públicos federais envolvidos é indispensável
que a Polícia Federal, os Ministérios Públicos Federal e Estadual entrem no
caso especificamente em relação às duas entidades aqui mencionadas Bem Viver e
AME – Associação Médica Especializa. Podem escrutinar os repasses para ver o
tamanho do rombo nos recursos públicos e os prejuízos para a população.
Seguramente é uma dinheirama gigante desviada da saúde pública de Imperatriz e
que explica as profundas carências na saúde pública de Imperatriz e de vários
outros municípios da região e que servem principalmente para o financiamento de campanhas eleitorais.
Voltarei ao assunto com detalhes específicos do que estou
denominando de“vampiragem da saúde pública”.
Veja mais sobre, no blog do Robert Lobato, em uma publicação feita no ano passado AQUI